Uniformes e jalecos de profissionais que lidam com substâncias nocivas, se forem transportados e higienizados de maneira inadequada, podem ser foco de contaminação e facilitar a transmissão de doenças.
O alerta é do Sindicato de Lavanderias e Similares do Município de São Paulo e Região (Sindlav), que reúne 3,6 mil empresas de um dos mais importantes setores do país. A entidade luta para estender a todo o País uma lei ; em vigor apenas no estado de São Paulo ; que obriga a lavagem profissional de uniformes.
Os diretores do Sindilav Edson Di Nardi e Rui Sérgio Torres estiveram recentemente em Brasília, visitando formalmente a Câmara Federal como representantes da entidade. Eles conversaram com deputados de diversos Estados e partidos.
O objetivo é ampliar a abrangência de lei estadual que vigora em São Paulo e que obriga empresas que operam com substâncias nocivas a providenciar a lavagem adequada de jalecos e uniformes profissionais. De acordo com Di Nardi, a lei abrange, além da indústria química e metalúrgica, empresas hospitalares e de limpeza.
A Lei Estadual (SP) n; 12.254, de fevereiro de 2006, tem uma longa história. Advém de projeto originalmente apresentado em 2003, pelo Deputado José Zico Prado, da bancada do PT. Prevê que empresas que utilizem produtos nocivos à saúde do trabalhador e ao meio ambiente sejam responsáveis pela lavagem dos uniformes de seus empregados. ;Porém, como até hoje não foi regulamentada de maneira a punir ou multar seus infratores, não é devidamente fiscalizada nem obedecida;, salienta Di Nardi.
Inspirado nessa lei e com texto praticamente idêntico, o deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) encaminhou o Projeto de Lei n; 24/2007 para votação. Segundo Di Nardi, o projeto já foi aprovado em todas as Comissões da Câmara e está pronto para ser votado em plenário, provavelmente em agosto.
;Em contatos com parlamentares da situação e da oposição, notamos empenho geral em apoiar e votar a favor do projeto, já que lida diretamente com a saúde, o bem-estar social e o meio ambiente;, comenta, ao ressaltar que ;uma gota de óleo contamina mais de 20 litros de água;.