Por meio de nota oficial, a PMDF informou que o afastamento dos policiais visa dar transparência às apurações e que a medida foi solicitada pelo Departamento de Controle e Correição da PMDF. A iniciativa veio após investigações da PCDF apontarem que os militares estariam tentando proteger os alvos da Operação Snake, conduzida pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama) — Pedro Henrique dos Santos Krambeck Lehmkul e Gabriel Ribeiro de Moura.
Os estudantes de medicina veterinária chegaram a ficar presos na Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), mas foram liberados pela Justiça. Os dois são suspeitos de integrar um esquema internacional de tráfico de animais. O caso, no entanto, permanece sob investigação.
Envolvimento
A naja que picou Pedro Henrique só foi encontrada um dia depois do incidente, em 8 de julho, próximo ao shopping Pier 21, após Gabriel Ribeiro tê-la soltado no local. Policiais civis estavam em contato com o jovem para a entrega da serpente. A princípio, estava tudo combinado para ele devolver a cobra, mas, em determinado momento, o estudante mudou de ideia e informou aos agentes que só entregaria o animal aos policiais militares.
Em depoimento, o policial responsável afirmou que Gabriel teria dito para a equipe ir a vários outros locais onde, supostamente, estaria a cobra. Os militares seguiram, então, para a Ponte Alta do Gama, Lago Norte, Lago Sul, Setor de Mansões Lago Norte, Guará e, por fim, o estacionamento do shopping, onde a cobra foi encontrada em um recipiente plástico e conduzida à delegacia.
Gabriel não foi detido neste dia, o que levou a polícia a suspeitar de ocultação de provas. Essa hipótese, no entanto, será investigada com cautela.