Além do DF, a ação é realizada em outros três estados do país: Goiás, Minas Gerais e Paraná. As investigações são lideradas pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam I). Segundo os investigadores, associações de servidores públicos foram criadas como fachada a fim de promoverem o golpe por meio de descontos nos contracheques de servidores e apropriação dos valores.
Uma vez criadas as associações de fachada, o grupo obtinha os códigos de benefício social de servidores. A partir daí, integrantes da organização se passavam por corretores de seguros e enganavam as
vítimas, muitas vezes idosos aposentados, sob o pretexto da contratação ou atualização de seguro. Assim, obtinham de forma fraudulenta, a assinatura das vítimas em fichas de autorização de desconto em folha.
“Assim, os criminosos conseguiam implementar os descontos nos contracheques, valores esses que eram transferidos às associações de fachada e apropriados pela Orcrub, de forma que não havia qualquer contratação de seguro, inclusive as associações sequer eram contratantes de seguros”, destaca a delegada-chefe da Deam I, Sandra Gomes.
Esta fase é um desdobramento da operação Strike I deflagrada em 2018 e que investigava golpes a aposentados. A maioria das vítimas eram mulheres.