Uma mega operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) resultou na prisão de um grupo de traficantes acusados de assassinar, esquartejar e queimar Anderson Rocha Alves, de 35 anos. O caso veio à tona quando partes do corpo da vítima foram encontradas em uma estação de tratamento da Caesb, na Avenida das Nações, em 23 de julho. O morador do Guará foi morto para servir de “exemplo” para demais usuários de drogas.
Segundo apuração da 4ª Delegacia de Polícia (Guará), o homicídio de Anderson ocorreu porque ele teria realizado a compra de entorpecentes com dinheiro falso. O crime aconteceu entre os dias 19 e 20 de junho, em um ponto de tráfico de drogas conhecido como “Biqueira”, próximo à QI 9 do Guará, na área verde entre a linha do trem que corta a cidade e o ParkShopping.
A execução foi encomendada pelo chefe que comanda a boca de fumo, conhecido como “Mancha”. Com as orientações, os demais traficantes torturaram Anderson e o mataram com um tiro no rosto. Após o assassinato, os criminosos queimaram o corpo da vítima, esquartejaram e jogaram partes do cadáver em tubulações de esgoto.
Identificação
Partes do corpo de Anderson Rocha foram encontrados em uma estação de tratamento da Caesb, na Avenida das Nações, por uma servidora do órgão. A 4ª DP solicitou um exame de DNA para identificar se os membros seriam do morador do Guará, dado como desaparecido pela família desde 19 de junho.
Peritos do Instituto Pesquisa de DNA Forense (IPDNA) realizaram a análise, comparando o material genético da mãe e do irmão de Anderson as partes do corpo encontradas na estação. Em 21 de julho, o resultado indicou que se tratava de Anderson, conforme material obtido com exclusividade pelo Correio.
“Os perfis genéticos obtidos das amostras coletadas dos três fragmentos de cartilagem (...) são provenientes de um indivíduo do sexo masculino e apresentam perfis genéticos idênticos entre si”, explicou o exame.