Em investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão a Sequestro (DRS) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o youtuber é acusado de contratar capangas e um hacker para cometer o crime. Por meio de nota oficial, a defesa de Rodrigo reiterou “a inocência do cliente” e reforçou que a verdade será "elucidada". Os advogados ressaltaram que não podem dar mais informações detalhadas do caso.
Segundo a apuração policial, as vítimas eram empresários e moradores do Lago Sul. O suspeito, que administra um canal no YouTube sobre automobilismo, teria se aproveitado da intimidade que tinha com elas para levantar informações a respeito do patrimônio.
Plano para extorsão
A estratégia do acusado teria iniciado após a família anunciar a venda de um lote no Lago Sul. Ele contou com a ajuda de um colega com conhecimentos na área de tecnologia, que tomou a frente do sequestro, além de outros dois indivíduos, contratados para auxiliarem na abordagem e vigiarem o cativeiro.
O plano era sequestrar a mãe e o amigo e forçá-los a pagar o resgate um do outro. O comparsa, passando-se por um corretor de imóveis, ligou para a mulher e combinou um encontro para conhecer o lote que estava à venda. O encontro foi agendado para as 10h de 3 de junho.
No horário combinado, a mãe e o filho, amigo do youtuber, chegaram ao lote. No local, o falso corretor os aguardava. Em seguida, ele teria rendido os dois com uma pistola e levou o jovem ao veículo.
Ao ser amarrado, o jovem reagiu e tentou fugir. Neste momento, o sequestrador decidiu levar a mãe do rapaz para um cativeiro, em um barraco localizado em São Sebastião, onde permaneceram por cerca de 13 horas. Com as vítimas rendidas no interior do veículo pelos dois sequestradores, o falso corretor dirigiu até o local onde os manteria reféns. No caminho, deixou os pertences das vítimas em um lugar determinado para que o youtuber apanhasse.
O youtuber nega a participação no crime, mas, segundo a Polícia Civil os dois sequestradores foram enfáticos em incriminá-lo. Segundo a PCDF, um quarto envolvido foi identificado e será preso em breve. Diante do desfecho da investigação, a família desistiu de se mudar para o exterior. Os acusados podem pegar de 12 a 20 anos de prisão.