Cidades

Caso naja: Conselho afasta professora que trocou mensagens sobre cobras

A docente integrava, desde novembro de 2019, a Câmara Técnica de Pequenos Animais. Ela ficará afastada, temporariamente, até a finalização do inquérito policial

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Distrito Federal (CRMV-DF) afastou, temporariamente, a professora da faculdade Uniceplac, no Gama, da Câmara Técnica de Pequenos Animais. A decisão veio após conversas por WhatsApp sugerirem que a docente sabia que os jovens suspeitos de participação em esquema internacional de tráfico de animais exóticos e silvestres, estudantes da instituição, mantinham cobras em cativeiro, inclusive as peçonhentas. 

O Correio teve acesso às mensagens trocadas por ela e uma pessoa ligada a Pedro Henrique dos Santos Krambeck Lehmukl, 22 anos, e Gabriel Ribeiro de Moura, 24, e publicou as conversas. As mensagens estão em um dos aparelhos apreendidos pela Polícia Civil nas investigações. 
 
 

Ao interlocutor, ela escreve: "Pega as outras cobras venenosas e soltem no mato as que forem nativas daqui". E continua: "Só gelei pensando naquela jararaca. Vocês está junto?". O interlocutor responde: "Não eu não tenho nenhuma serpente mais". A jararaca é uma espécie de cobra venenosa, nativa do Brasil.

De acordo com o CRMV-DF, o afastamento é temporário, uma vez que vão aguardar a conclusão do inquérito policial. “Temos que aguardar a apuração policial esclarecendo o que cada um fez. Se ficar comprovado algo em relação à professora, veremos a necessidade de abrir um processo ético”, ressaltou, em nota. 

A professora foi ouvida pela polícia na semana passada. Ela integra a Câmara Técnica desde novembro de 2019, segundo a Portaria CRMV-DF N°. 44 e estava no cargo até o presente momento. A reportagem tenta localizar a defesa dela. O espaço permanece em aberto para manifestações.