A PMDF esclareceu que adotará todas as medidas necessárias após a análise dos fatos. “A Corregedoria da PM irá conduzir os trabalhos de investigação com o Ministério Público Militar”, esclareceu.
A medida veio após investigações da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) apontarem que militares do BPMA estavam tentando proteger os envolvidos no suposto esquema de tráfico internacional de animais exóticos e silvestres. Entre eles, está Pedro Henrique, preso na manhã desta quarta-feira (29/7), e o amigo, Gabriel Ribeiro de Moura, detido por ocultar provas e atrapalhar diligências. Os dois cumprem prisão temporária na Carceragem da Polícia Civil.
A naja que picou Pedro Henrique só foi encontrada um dia depois do incidente, em 8 de julho, próximo ao shopping Pier 21, após Gabriel Ribeiro tê-la soltado no local. Policiais civis estavam em contato com o jovem para a entrega da serpente. A princípio, estava tudo combinado para ele devolver a cobra, mas, em determinado momento, o estudante mudou de ideia e informou aos agentes que só entregaria o animal aos policiais militares.
Em depoimento, o policial responsável afirmou que Gabriel teria dito para a equipe ir a vários outros locais onde, supostamente, estaria a cobra. Os militares seguiram, então, para a Ponte Alta do Gama, Lago Norte, Lago Sul, Setor de Mansões Lago Norte, Guará e, por fim, o estacionamento do shopping, onde a cobra foi encontrada em um recipiente plástico e conduzida à delegacia.
Gabriel não foi detido neste dia, o que aumenta os indícios de ocultação de provas. Essa hipótese, no entanto, será investigada com cautela.