Entre os presos está um servidor da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) que estava cedido ao Detran. Ele seria responsável por repassar informações internas a ex-despachante que vendia as operações irregulares. De acordo com as investigações, as fraudes foram realizadas por meio do sistema do Detran, pela internet. Hackers teriam se aproveitado da vulnerabilidade existente no portal e conseguiram cancelar multas, bem como retirar restrições judiciais e administrativas. Além disso, também permitiram o licenciamento e a transferência de propriedade de veículos com pendências.
As fraudes eram encomendadas por proprietários e usuários dos veículos multados. O valor dos cancelamentos irregulares é de R$ 1.371.658,99 e todos foram registrados entre maio de 2019 e janeiro de 2020. O laudo pericial que apontou as irregularidades foi produzido pelo Instituto de Criminalística, através da Seção de Perícias de Informática.
As multas eram relativas a 612 veículos. Já as restrições judiciais e administrativas desbloqueadas pertenciam a outros 80.
A PCDF ressalta que o Detran/DF prestou plena colaboração com a polícia na apuração dos fatos.