Correio Braziliense
postado em 23/07/2020 22:10
As duas cobras exóticas e peçonhentas recém-chegadas à Fundação Zoológico de Brasília foram manejadas pela equipe de biólogos e veterinários do local nesta quinta-feira (23/7) para manutenção dos recintos onde estão. Os abrigos da naja e da víbora-verde-voguel passaram por limpeza para garantir a saúde e o bem-estar das serpentes.
O recinto da naja tem um espaço maior, com arbustos, pedras e um pequeno tanque. Enquanto o local passava pela manutenção, a serpente foi transferida para uma caixa de plástico - adequada - onde ficou por curto espaço de tempo. “Fizemos a poda de alguns arbustos. Trocamos a água e fizemos a limpeza das fezes do animal, observamos o substrato e está tudo ok. Foi uma limpeza bem rápida, bem eficiente”, disse Carlos Eduardo Nóbrega, diretor do Departamento de Répteis do Zoológico.
O local onde está a víbora-verde-voguel também foi limpo. Por ser uma espécie peçonhenta, sem antiofídico no Brasil e ser de pequeno porte - com apenas 40cm e pesando só 38g - ela continua dentro de uma caixa, porém num espaço maior do que onde vivia anteriormente. A fundação Zoológico disse que tem incluído novos itens à caixa, como galhos e outros obstáculos para que a serpente possa interagir, melhorando a qualidade de vida dela. Enquanto a caixa da víbora era limpa, ela foi redirecionada a um recinto, mas ficou sob controle por todo o tempo.
De apreensão após picada a cobra entregue voluntariamente
As duas cobras chegaram ao Zoológico de Brasília na segunda semana de julho. A naja foi apreendida pela Polícia Civil do Distrito Federal após um estudante de veterinária ser picado pela cobra que ele criava em casa. Depois do episódio, uma pessoa entregou a víbora-verde-voguel espontaneamente na sede do Ibama em Brasília. As duas cobras são peçonhentas e exóticas. O Ibama busca um destino para os animais mas já decidiu que não vai sacrificá-los.
Uma semana após a chegada das serpentes, elas foram alimentadas. A equipe do Zoológico ofertou roedores previamente abatidos, para que eles não ficassem agonizando com o veneno das cobras.
Todos os animais que chegam ao Zoológico de Brasília passam por observação e acompanhamento. Só em julho 27 serpentes foram entregues aos cuidados da equipe da Fundação. Na semana passada, o Correio acompanhou o tratamento médico dados às pitons que chegaram debilitadas ao local.
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