Com a promessa de colocar todas as 12 escadas e seis elevadores em pleno funcionamento até a primeira quinzena de agosto, a Administração da Rodoviária do Plano Piloto, em parceria com a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), alinhou uma estratégia para evitar futuros vandalismos e manter a durabilidade dos equipamentos.
A alternativa encontrada foi contratar um grupo de vigilantes e ascensoristas que ficará responsável de cuidar da integridade desses dispositivos, impedindo a continuidade da depredação do patrimônio público. “A gente sabe que, se tiver pessoa por perto, os vândalos não vão poder agir”, afirma o presidente da Novacap, Fernando Leite.
Os profissionais que integrarão esse grupo serão designados pela Novacap e pela Secretaria de Economia. “Estamos fazendo uma seleção na companhia para ver quem se adapta à função entre os servidores”, explicou Leite.
De acordo com o administrador da Rodoviária do Plano Piloto, Josué Martins, o grupo de vigilantes viria de uma empresa terceirizada que já tem contrato com a Secretaria de Economia e que cuida de toda a vigilância dos órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF).
Manutenção
Atualmente, a empresa contratada pela Novacap para executar serviços de manutenção conseguiu entregar 10 escadas rolantes e cinco elevadores, a maioria em funcionamento. No entanto, a retomada total só ocorrerá com a chegada dos novos trabalhadores.
O orçamento total para a manutenção desses equipamentos foi de R$ 1,8 milhão. O valor foi pago pelo GDF à empresa terceirizada que firmou o compromisso de entregar mais duas escadas rolantes e um elevador até 4 de agosto.
“Se não cumprir [o acordo], será multada, porque a empresa já foi notificada”, afirma Fernando Leite. O contrato com a empresa foi assinado em janeiro de 2020. A previsão seria de que, em 90 dias, todos os equipamentos estariam funcionando.
Vandalismo
Segundo o administrador da Rodoviária, Josué Martins, a prática de vandalismo no terminal do Plano Piloto é antiga e o problema não atinge somente os elevadores e as escadas rolantes. “Eu chego a trocar 20 torneiras por dia. Aqui, eles levam vasos sanitários, quebram espelhos”, lamenta Josué.
O presidente da Associação dos Usuários da Rodoviária de Brasília, Keeslew Caixeta Lobo, diz que as lojas perdem clientes quando um equipamento deixa de funcionar. “As pessoas não conseguem circular.
Tem lojas que ficam no mezanino e na estação do Metrô, local cujo acesso é feito pelas escadas e elevador”, explica. “O maior problema da rodoviária hoje são pedintes, usuários de droga e camelôs, porque causam aglomerações, impedindo os usuários de transitar."