Nesta terça-feira (21/7), a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) respondeu às recomendações do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) feitas no mês passado com base no estudo do Instituto de Fiscalização e Controle (IFC), que havia sugerido outras ações no combate à disseminação da covid-19 baseadas no projeto "Como anda meu ônibus?".
Com isso, a Semob esclareceu que, para promover a saúde de cerca de 12 mil empregados do transporte público coletivo, tem fiscalizado e orientado sobre a importância da desinfecção e do uso obrigatório de máscaras de proteção facial. No entanto, o fornecimento dos testes rápidos para detecção da covid-19 para aplicação em todos os funcionário ainda é avaliado pela Secretaria de Saúde.
Ainda segundo a Secretaria, serão realizadas vistorias nos terminais rodoviários e do BRT. Posteriormente, será feita demarcação nos locais destinados ao embarque de usuários do transporte coletivo para que a distância de 1,5 m entre as pessoas seja respeitada. Os horários das viagens foram alterados para atender os passageiros durante o funcionamento diferenciado dos estabelecimentos comerciais.
Testagem em rodoviários
Para a coordenadora-executiva do IFC, Rebecca Teixeira, a Secretaria ainda não apresentou soluções para pontos importantes como, por exemplo, a disponibilidade de desinfetante para os usuários na entrada e na saída dos veículos. “Em outro ponto, eles falam sobre a consulta à Secretaria de Saúde sobre a possibilida de testagem dos rodoviários. Dois meses após a reabertura do comércio, 95% dos colaboradores que nos responderam disseram não terem sido testados. Essa é outra medida que deveria estar no planejamento”, explicou a coordenadora.
O IFC vai continuar a avaliação das medidas de prevenção para averiguar se o que a Semob se comprometeu a fazer surtirá o efeito esperado. “Continuaremos propondo sugestões para que o serviço melhore como um todo, mas, neste momento, focaremos especialmente nas ações relacionadas ao enfrentamento da pandemia. Entendemos que os dados levantados também servirão de insumo para a atuação da força-tarefa do MPDFT”, destacou Rebecca.
Reunião
Saiba Mais
Serão selecionadas as 50 linhas que, historicamente, tenham maior lotação. O relatório vai fiscalizar o número passageiros nos horários de pico e servirá como base para possíveis remanejamentos de linhas e de veículos. Semanalmente o MPDFT será informado das decisões.
“É uma resposta à atuação do MP, que tem tentado resolver o problema de lotação das linhas, neste período de pandemia”, destaca a promotora de Lenna Daher. Para o coordenador da força-tarefa, o procurador Eduardo Sabo, “a interlocução com órgãos e atores envolvidos no enfrentamento à covid-19 é fundamental para a busca por soluções efetivas e céleres à sociedade”.