Correio Braziliense
postado em 22/07/2020 06:00
A Miss Bumbum e ex-capa da Playboy Flavia Tamayo, de 22 anos, deve ser transferida para o Distrito Federal nos próximos dias. Ela foi presa, preventivamente, pela Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) na madrugada de ontem, quando entrava em um hotel de luxo na orla de Vitória, capital capixaba. Flavia Tamayo é suspeita de integrar um esquema de tráfico, que associava programas sexuais e venda de drogas na área central de Brasília. A 5ª Delegacia de Polícia é a responsável pelas investigações. A prisão de Flávia, no Espírito Santo, foi realizada em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela 1ª Vara de Entorpecentes do DF. A pedido da Polícia Civil do DF, ela deve ser transferida para a capital federal nos próximos dias.
No momento em que os agentes abordaram Flávia, a Miss Bumbum resistiu à prisão e tentou chamar atenção das pessoas que estavam no hotel, segundo explicou o delegado responsável pelo cumprimento do mandado no Espírito Santo, Rafael da Rocha Corrêa, da 1ª Delegacia Regional de Vitória. “Quando falamos que ela seria dirigida à delegacia, foi quando ela viu que estava sendo presa. A mulher começou a gritar e a se debater no saguão do hotel. Havia, inclusive, algumas pessoas na recepção, e nós conseguimos imobilizá-la com a ajuda de uma policial do sexo feminino. Após ser imobilizada, foi necessário algemá-la”, disse.
Ao saber que a suspeita estava em Vitória, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou à PCES que realizou campana por cerca de dez horas até localizar Flávia Tamayo, em hotel de luxo à beira da praia. Com a suspeita, a polícia do Espírito Santo encontrou droga para consumo próprio, um celular e dinheiro. “Tivemos acesso a um dichavador (espécie de cortador) de maconha, com uma pequena quantidade dentro. E também encontramos uma cédula de um dólar de estimação, que era utilizada para fazer o consumo de cocaína”, explicou o delegado.
Após a prisão, Flávia foi transferida para um presídio feminino, onde segue à disposição da Justiça do Distrito Federal. “As investigações apontaram que ela era reconhecida pelos programas sexuais que realizava, muitas das vezes, regados a drogas. Em especial cocaína e haxixe”, explicou o delegado responsável pela investigação, Ricardo Oliveira, da 5ª DP.
Operação Rede
Em janeiro, PCDF deflagrou a Operação Rede para desarticular seis grupos especializados no tráfico de cocaína e drogas sintéticas em áreas nobres de Brasília. Duas dessas quadrilhas também negociavam programas sexuais. Na época, foram cumpridos 35 mandados de busca em várias regiões administrativas, e também em Goiânia (GO). A partir daí, Flávia passou a ser investigada.
As frequentes viagens da moça, no entanto, dificultaram a ação da polícia, conforme narrou o delegado. “Em razão da agenda extremamente movimentada da investigada, não tinha sido possível dar cumprimento ao mandado de prisão preventiva. Antes de Vitória, ela estava em São Paulo, e antes disso, em Florianópolis”, explica o delegado Ricardo Oliveira.
O advogado de Flávia Tamayo, Fabrício Lucas, conversou com o Correio e disse não ter conhecimento de que ela estaria foragida. A defesa da modelo e atriz informou que foi até Vitória para conversar com a cliente, entender o caso e buscar os autos do processo, que, até então, são desconhecidos, segundo informou.
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