Cidades

Mãe se apresenta na delegacia e confessa ter jogado bebê em esgoto

Em depoimento, a mulher alegou ter sofrido um aborto natural: ela disse que não sabia da gravidez

Uma mulher de 35 anos se apresentou na 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) e assumiu ter jogado o corpo de um bebê recém-nascido no esgoto de casa. A criança foi encontrada boiando na estação de bombeamento, próximo à horta comunitária do Itapoã, em 6 de julho. A suspeita compareceu à unidade policial, nesta segunda-feira (20/7), acompanhada do advogado de defesa. 

Em depoimento, a mulher alegou ter sofrido um aborto natural e que não sabia da gravidez. Ela, que é casada e mãe de outros cinco filhos, disse que, no dia do incidente, estava sozinha em casa. “A suspeita afirmou que o esposo não sabia da gestação e que teria sentido dores apenas no parto. Quando o bebê nasceu, ela desconfiou que havia algo de errado, pois o bebê não se movimentava e soltava uma secreção pela boca”, detalhou a delegada-chefe da 6ª DP. 

Mesmo morto, o bebê ficou enrolado em um pano, na residência, por dois dias. “Tudo isso carece de muita comprovação. O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) dirá a idade do feto, saber se o parto foi recente, entre outros detalhes. Vamos submeter a mãe a uma perícia psiquiátrica, para saber se estava em um estado puerperal. Estamos trabalhando com várias situações, pode ter sido um homicídio ou até um aborto espontâneo, como ela mesmo disse. Mas tudo vai depender do andamento das investigações”, frisou a investigadora. 

Saiba Mais

Ainda de acordo com Jane Klébia, durante o interrogatório, a mulher estava chorosa e descontrolada. Ela foi ouvida e liberada em seguida. O companheiro da suspeita prestará depoimento nos próximos dias. 

O corpo do bebê foi encontrado por servidores da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), enquanto equipes faziam a retirada do lixo no poço da estação de bombeamento dos esgotos da região. Na data do incidente, policiais se deslocaram ao Hospital Regional do Paranoá para obter informações sobre o nascimento do bebê. O chefe de ginecologia da unidade de saúde foi consultado pelos agentes e constatou, após analisar vídeos e fotos, que a vítima era um recém-nascido e não um feto.