Em depoimento, a mulher alegou ter sofrido um aborto natural e que não sabia da gravidez. Ela, que é casada e mãe de outros cinco filhos, disse que, no dia do incidente, estava sozinha em casa. “A suspeita afirmou que o esposo não sabia da gestação e que teria sentido dores apenas no parto. Quando o bebê nasceu, ela desconfiou que havia algo de errado, pois o bebê não se movimentava e soltava uma secreção pela boca”, detalhou a delegada-chefe da 6ª DP.
Mesmo morto, o bebê ficou enrolado em um pano, na residência, por dois dias. “Tudo isso carece de muita comprovação. O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) dirá a idade do feto, saber se o parto foi recente, entre outros detalhes. Vamos submeter a mãe a uma perícia psiquiátrica, para saber se estava em um estado puerperal. Estamos trabalhando com várias situações, pode ter sido um homicídio ou até um aborto espontâneo, como ela mesmo disse. Mas tudo vai depender do andamento das investigações”, frisou a investigadora.
Saiba Mais
O corpo do bebê foi encontrado por servidores da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), enquanto equipes faziam a retirada do lixo no poço da estação de bombeamento dos esgotos da região. Na data do incidente, policiais se deslocaram ao Hospital Regional do Paranoá para obter informações sobre o nascimento do bebê. O chefe de ginecologia da unidade de saúde foi consultado pelos agentes e constatou, após analisar vídeos e fotos, que a vítima era um recém-nascido e não um feto.