Correio Braziliense
postado em 20/07/2020 15:20
O escritor goiano-brasiliense Olímpio Pereira Neto, 84 anos, morreu, neste domingo (19/7), por complicações relacionadas à covid-19. Ele estava internado há uma semana e não resistiu. Nascido em 1936, Olímpio era natural de Orizona (GO). Filho de Florentino Vieira Pereira e Dorcelina Pereira, o escritor foi casado e morava com a família no ParkWay. Ele deixou filhos, netos, bisnetos e trinetos.
Formado em letras pela Universidade Federal de Goiás (UFGO), Olímpio era titular da Academia de Letras de Orizona e fundador e membro da Academia Taguatinguense de Letras. Além disso, é o autor de cerca de 15 obras, entre elas Orizona: Cidade e Campo, Um lugar no mapa e Lendas e contos do Planalto Central, entre outras. Também fundou, ao lado de colegas, o Sindicato dos Escritores do DF.
Perda para Brasília
Gustavo Dourado, escritor e presidente da Academia Taguatinguense de Letras, foi amigo pessoal de Olímpio durante mais de 40 anos. Ele considera que a morte do autor foi uma grande perda para o DF. "Ele viu Brasília nascer. Quando era menino, andava por essa região com o pai, quando tudo ainda era cerrado. Por isso, ele conhecia essa cidade como ninguém", afirma.
Segundo Gustavo, o amigo sabia tudo sobre as lendas do cerrado. "Ele rememorou o índio Paranoá, que nomeia o lago e versa sobre as Águas Emendadas, a Lagoa Formosa, o Morro da Capelinha, a Granja do Torto, o Campo da Esperança e o Vale do Amanhecer", afirma. "Era um ícone da cultura, educação e história."
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.