Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram uma nova fórmula de álcool em gel de alta performance e baixo custo. O trabalho consiste na adição de nanopartículas de prata ao produto, o que o deixaria mais eficiente, destruindo mais de 650 organismos patogênicos.
O grupo de pesquisa é formado por 10 integrantes do curso de Engenharia de Energia da UnB e encabeçado pela professora Maria Del Pilar Hidalgo Falla. As pesquisas são feitas no laboratório de Nanotecnologia da UnB Gama.
Segundo os pesquisadores
, a prata possui uma ação antimicrobiana bem conhecida e é usada em curativos para tratar ferimentos de diabéticos - que têm normalmente dificuldades de cicatrização. Em nanopartículas, a prata tem suas propriedades aumentadas. O elemento nunca foi utilizado na produção de álcool em gel, portanto o produto da UnB será inédito. De acordo com a professora Pilar, o etanol 70% é potente, mas apresenta alguns problemas. "O álcool evapora fácil e, com isso, vai perdendo o seu efeito com o passar do tempo. A outra questão é que, ao potencializar o efeito bactericida com a nanopartícula de prata, dá para diminuir a concentração do etanol do produto. Assim, a concentração do álcool não precisaria ser 70%, poderia ser talvez 50%. E, por fim, o álcool em gel irrita um pouco a pele, e a prata poderia amenizar um pouco isso”, explica a pesquisadora.
Ainda segundo ela, a produção do álcool em gel com as nanopartículas de prata pode ser feita em laboratório e com um baixo custo de produção.
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Quando o álcool em gel for produzido, o grupo distribuirá kits com o produto em escolas públicas do Gama e de Santa Maria.