Cidades

Comida estragada era entregue a hospitais, restaurantes e na Papuda

O frigorífico vinculado ao empresário funcionava em Ceilândia e estava com as atividades comerciais suspensas desde o fim de 2019. Contudo, o estabelecimento continuava com a produção de alimentos, de maneira clandestina

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu em flagrante um empresário acusado de produzir e armazenar, clandestinamente, cerca de duas toneladas de alimentos vencidos, que eram distribuídos em estabelecimentos no DF. Entre eles, carnes, embutidos, kits para feijoadas e linguiça calabresa. A operação, denominada Clostridium, contou com o apoio da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF) (veja vídeo abaixo).

De acordo com as investigações, os alimentos eram entregues para hospitais, restaurantes, supermercados, bares e no Complexo Penitenciário da Papuda. “Esse empresário foi autuado por crime contra relação de consumo. Foi feito laudo pericial no local e conseguimos constatar a inadequação dessa carne para o consumo”, detalhou o diretor-adjunto da Divisão de Proteção ao Consumidor (DPCon), o delegado Rodrigo Carbone.

A polícia também verificou que, além do armazenamento de produtos impróprios para o consumo, os funcionários eram orientados a alterarem a data de validade das mercadorias vencidas e colocarem uma nova data, para que fossem reinseridos no mercado de consumo.

O frigorífico vinculado ao empresário funcionava em Ceilândia e estava com as atividades comerciais suspensas desde o fim de 2019. Contudo, o estabelecimento continuava com a produção de alimentos, de maneira clandestina. O ponto foi autuado pelos órgãos de fiscalização por mais de 10 vezes, com multa administrativa de R$ 80 mil.