Após mais de quatro horas de depoimento, a mãe do jovem picado por uma naja, Pedro Henrique Lemkuhl, de 22 anos, deixou a delegacia sem falar com a imprensa. O advogado de defesa também saiu da 144 Delegacia de Polícia (Gama), unidade que investiga o caso, sem dar declarações.
A mulher, identificada como Rose, chegou à delegacia acompanhada do marido, o tenente-coronel da Polícia Militar Eduardo Conde. Os dois chegaram por volta das 12h à unidade. O padrasto de Pedro Henrique saiu da delegacia antes da mulher, por volta das 14h30, e voltou em seguida para buscá-la.
Na manhã desta quinta-feira (16/7), a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Pedro Henrique Lemkuhl. O jovem mora com a família em um condomínio no Guará 2. O estudante de medicina veterinária é suspeito de integrar um esquema de tráfico de animais. Pedro foi picado por uma naja kaouthia que mantinha em casa, em 7 de julho, e ficou internado por seis dias.
Ainda nesta quinta, um jovem, identificado Nelson Junior Soares, foi detido após a polícia apreender mais uma cobra de espécie corn shake, nativa dos Estados Unidos. O animal estava sendo criada ilegalmente na residência do jovem, no Riacho Fundo. Ainda não se sabe se o caso tem relação com Pedro Henrique.
O rapaz esclareceu que criava a serpente há, pelo menos, dois anos, e que não sabia que precisava ter licença. "Ganhei de um amigo, quando eu cursava veterinária", afirmou. Ele prestou depoimento na 14ª DP e foi liberado.
A cobra não é venenosa, porém não pode ser criada no Brasil. Equipe do Ibama conduziu o animal para o Centro de Triagem.