Correio Braziliense
postado em 16/07/2020 11:50
O padrasto de Pedro Henrique Lemkuhl, jovem picado pela naja kaouthia, também é alvo das investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Eduardo Condi é coronel da Polícia Militar do DF e teria ajudado a ocultar provas do caso. O jovem e amigos são suspeitos de envolvimento em esquema de tráfico de animais. A 14ª DP (Gama) realizou, na manhã desta quinta-feira (16), busca e apreensão em endereços ligados a Pedro e aos amigos, sendo dois no Guará 2, um no Riacho Fundo e um no Gama. Durante a operação, os agentes encontraram mais uma cobra. A ação contou com auxílio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Foram apreendidos documentos, celulares, medicamentos de uso veterinário e itens utilizados na criação ilegal de animais silvestres.
A PMDF informou que acompanha o caso, mas não há nenhuma investigação interna em relação ao coronel. O órgão irá esperar até o fim das investigações para, então, tomar as medidas necessárias.
Tráfico de animais
O caso de Pedro levou as autoridades ambientais a outros animais que estavam sendo criados ilegalmente. Entre eles, três tubarões e 16 serpentes de espécies diversas. As cobras foram encaminhadas ao zoológico de Brasília e seguem em observação. O Ibama ainda não definiu o destino final dos animais.
A suspeita é que Pedro e um grupo de amigos, todos estudantes de medicina veterinária, utilizavam os animais em pesquisas ilegais.
Alta
Pedro esteve internado no Hospital Maria Auxiliadora no Gama desde que sofreu o ataque da naja. Ele chegou a ficar em coma. Após receber a única dose de soro antiofídico disponível no Brasil, cedida pelo Instituto Butantan, o jovem acordou e respondeu aos tratamentos.
Ele recebeu alta do hospital no início da tarde desta seguda-feira (13/7). A polícia espera ouví-lo ainda esta semana.
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