Ao todo, são 67 orientações, duas delas em destaque: a não recomendação dos sistemas self-service e rodízio. Ambos os estabelecimentos têm alto potencial para transmissão da covid-19. Nesses sistemas, também há manipulação de materiais, por diversas pessoas, tanto para servir quanto na hora de troca de pratos e feitura de marmitas. O manuseio de pegadores, colheres e outros utensílios para servir-se também é risco considerável.
Para o gerente de alimentos André Godoy, a nota técnica traz a forma segura do chamado novo normal. De acordo com o profissional, a população terá que lidar com o vírus até que haja uma solução definitiva para a pandemia.
“São recomendações extremamente importantes que permitem a volta do comércio de forma gradativa. Estamos trazendo a forma mais segura, na nova vivência, em situações que ajudam na propagação do vírus. Por isso, desaconselhamos o autosserviço e está proibido nos mercados. Mesmo com a luva, cria-se uma sensação de segurança. Mas, ao retirá-la, a pessoa pode se contaminar. O uso do álcool em gel e lavar as mãos é o seguro”, afirma.
No interior dos estabelecimentos, é necessário que as mesas fiquem com distanciamento mínimo de dois metros entre elas. Com isso, deve-se reduzir o número de mesas e fazer restrição de acesso de clientes de modo a manter o afastamento social, especialmente em ambientes fechados.
Cardápios podem ser adaptados para acesso on-line pelo celular, com uso de QR Code. Para os pagamentos, os locais deverão dar preferência ao recebimento das contas nas próprias mesas, bem como utilizar tecnologia de aproximação do cartão.
Além disso, deverão limitar o número de pessoas por mesa, de forma a manter o distanciamento social de dois metros entre as pessoas, marcando os lugares que não devem ser utilizados nas mesas a fim de proteger funcionários e clientes. Para não ocorrer espera, devem priorizar acesso aos serviços com hora marcada, evitando aglomerações e, se possível, utilizar ao máximo as áreas externas para atendimento aos clientes. Sugere-se ainda que sejam utilizadas tecnologias de “fila por aplicativo”, evitando-se também o uso de buzzers ou pagers.
Clientes têm que utilizar máscaras durante a permanência no restaurante, exceto durante a refeição. As máscaras devem ser retiradas e recolocadas após a higienização das mãos, com toque restrito às cordas e laterais de ajuste.
Como o vírus é transmitido de forma aérea e pode permanecer em superfícies – as gotículas contendo o vírus alcançam mucosas dos olhos, nariz e boca –, a recomendação é falar pouco e evitar tocar olhos, nariz e boca. Não é recomendável usar o celular durante as refeições nos estabelecimentos.
Com informações da Agência Brasília