Correio Braziliense
postado em 14/07/2020 08:28
O governador Ibaneis Rocha (DEM) disse que o Distrito Federal ainda pode voltar ao estágio mais rígido de isolamento social. "Não tenho problema em usar a caneta e fechar tudo de novo", comentou em entrevista à TV Record nesta terça-feira (14/7).Bares e restaurantes abrem as portas a partir de quarta-feira, (15/7), e as aulas presenciais recomeçam gradativamente nos próximos dois meses. A flexibilização ocorre no momento em que o Distrito Federal atravessa o pico de casos de covid-19, com 72.284 infectados e 851 mortes.
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De acordo com o governador, para cada pessoa que testa positivo, calcula-se que outras 19 tiveram coronavírus na forma assintomática. “Eu digo sempre: Estou fazendo o que está estendo do meu alcance. Consigo ofertar atendimento a saúde, mas a vida, depende de cada um. Por isso faço um apelo: quem puder, fique em casa. Se for sair, use máscara, higienize as mãos”.
Volta às aulas
Sobre a volta às aulas nas redes pública e privada, Ibaneis explicou que a retomada em 3 de agosto começa com a testagem de todos os professores e que o calendário de retorno pode, inclusive, ser adiado, especialmente para alunos das séries iniciais. Em relação à rede particular, cada institução define com o sindicato e a associação de pais, sobre qual caminho seguir. "A comunidade escolar define se será presencial ou à distância".
Ibaneis disse não ver disposição dos pais em mandar os filhos para a escola. Mas que o cenário nas instituições particulares ainda não está claro. "Meu filho, por exemplo, já decidiu que não volta para a faculdade este ano. Vai retomar o curso em 2021. Mas é faculdade particular e ele negocia direto com a instituição".
Crise econômica
O cenário pós pandemia também é uma preocupação de Ibaneis Rocha. Para tentar reduzir os impactos, o GDF prepara um pacote de obras no valor de R$ 300 milhões. Os recursos serão aplicados na construção de viadutos, reformas de tesourinhas, reforma da Estrutural, onde todo o asfalto será substituído por pavimento de concreto. “Agora, estamos enfrentando a crise da saúde. Na sequência, vem a crise do desemprego e será difícil retomar. Um PIB negativo de 6% é um desastre na vida das pessoas”, pontuou.
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