Cidades

Indígenas fazem dois terceirizados da Terracap reféns, no Noroeste

Indígenas pedem água e luz em área para onde serão encaminhados, após deixarem a área no Noroeste

Correio Braziliense
postado em 13/07/2020 19:48
Os funcionários estavam dentro de um caminhão da empresa, que, também, foi retido pelos indígenas
Indígenas da etnia Guajajara fizeram dois funcionários terceirizados da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) reféns, no início da tarde desta segunda-feira (13) na Aldeia Teko Haw, no Noroeste. Os servidores trabalhavam na remoção de um contêiner da autarquia para construção de uma nova via — W9/Noroeste — quando foram feitos reféns. As informações são da Polícia Militar, que recebeu a ocorrência às 13h13. 

Os servidores estavam em um caminhão da empresa, que também foi retido pelos índios, e ficaram detidos por cerca de 30 minutos. De acordo com a Terracap, os indígenas impediram o veículo de um empresa terceirizada pela autarquia de alterar a instalação de um container de vigilância. 

Os funcionários da Terracap foram liberados após a chegada de representantes da Funai, DF Legal e Defensoria Pública da União. Os indígenas pedem água e luz no local onde vivem, além de conversas sobre regularização da área. A negociação está em andamento.

De acordo com a Terracap, acordo sobre a desocupação da área, em que passará a via, foi firmado com as etnias indígenas Kariri-Xocó e Tuxá em outubro do ano passado, em cumprimento a decisões judiciais que reconheciam a área como ocupação histórica. A Terracap removeu famílias do local em 8 de julho e, no dia seguinte, as obras de construção da pista foram iniciadas. 

Os Guajajara não entraram no acordo com a Terracap por não conseguirem comprovar ocupação histórica. Hoje, no entanto, indígenas da etnia Guajajara, compareceram ao local das obras para pleitear demandas. Uma reunião entre os indígenas, a Terracap e a Defensoria Pública da União foi marcada para a próxima quarta-feira.

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