O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, afirmou que a instituição financeira liberou R$ 2,7 bilhões para pessoas físicas e jurídicas em pouco mais de três meses. Nesta segunda-feira (13/7), em entrevista ao programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília —, o dirigente destacou que a concessão e renegociação de linhas de crédito beneficiou 29 mil clientes e 3,5 mil empresas.
As operações ocorreram no âmbito do programa Supera DF, criado no início da pandemia de covid-19 para amortecer os impactos das crises econômica e sanitária no Distrito Federal. A previsão inicial era de que houvesse a liberação de R$ 1 bilhão. Diante dos resultados, o banco decidiu prorrogar a iniciativa até 30 de setembro.
As linhas incluem desde capital de giro até créditos imobiliário e consignado. Como vantagem na renegociação, o banco permitiu que clientes com pagamentos em dia até 17 de março pudessem "pausar" a remissão de algumas parcelas. “Conseguimos manter o mesmo nível de aprovação (de crédito) antes e pós pandemia, o que é muito importante. Em um período de crise, você não deixar que a análise de crédito seja afetada”, afirmou Paulo Henrique.
Entre as iniciativas esse foco durante a crise, o presidente do BRB citou a criação do Programa Emergencial de Crédito Empresarial do DF (Procred). Sancionado na última quarta-feira (8/7) pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), o plano atenderá mini, micro e pequenas empresas, microempresários individuais (MEIs), além de firmas das áreas de cultura, turismo e educação.
“Estamos criando um fundo garantidor específico para o Distrito Federal que vai permitir que tenhamos condição de atender ainda mais empresas”, disse Paulo Henrique. “O fundo tem papel de prover garantias para quem não tem condições de oferecer. Aproximadamente 90% eram mini, micro, MEI e pequenas empresas. Conseguimos atender uma quantidade importante de empresas de menor porte. Aproximadamente 75% de todos os clientes que nos procuraram conseguiram crédito durante a pandemia”, completou.
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