Cidades

Polícia investiga se jovem picado por naja cometeu crime

Técnico ouvido pela investigação aponta que manuseio inadequado do animal pode gerar contaminação e isso indicaria crime contra a saúde pública

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga se o jovem Pedro Henrique, mordido por uma naja na semana passada, e as demais pessoas investigadas no possível esquema de tráfico internacional de animais cometeram o crime de expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente, previsto no Art 132 do Código Penal, com pena prevista de prisão de três meses a um ano, podendo aumentar se houver agravantes.

Após ouvir na manhã desta segunda-feira (13/7), como parte do inquérito, um servidor do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA), que atuou no resgate da cobra naja, a Polícia Civil compreendeu que os investigados podem ter descumprido a legislação e ter cometido crime contra saúde pública. 

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Segundo explicou o delegado William Andrade Ricardo, responsável pelas investigações, a forma como os investigados manuseavam os animais, enrolando no braço, pescoço e até tocando a boca pode vir a representar um risco. “Ouvimos o relato técnico do servidor, que explicou que, com a interação dessa forma pode surgir uma questão de saúde pública, uma contaminação grave, coisas dessa natureza”, explicou o delegado, em primeira mão ao Correio

Pedro Henrique Lehmkuhl, 22 teve alta nesta segunda-feira (13) e deve prestar depoimento à polícia nesta semana. Segundo o delegado, a data e horário do depoimento devem ser definidos ao longo da tarde de hoje.