Cidades

64 mil casos e 733 mortes

O novo coronavírus avança no Distrito Federal. Ontem, a Secretaria de Saúde registrou mais 33 óbitos e 1.620 casos da covid-19. Com as ocorrências, a capital passou para 64.314 infectados e 733 vítimas. Devido à disseminação contínua da doença, o sistema de saúde começa a apresentar sobrecarga. A taxa de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) chegou a 77%.

Das mortes registradas, ontem, a maioria era de moradores de Ceilândia (8), Plano Piloto (4) e Samambaia (4). Todos tinham mais de 30 anos. Do total, 25 apresentavam comorbidades – outras doenças que agravam os sintomas da covid-19. Dois óbitos aconteceram nas últimas 24 horas, o restante é de dias anteriores.

Além das vítimas da capital, a Secretaria de Saúde contabiliza 68 mortes de moradores de outras unidades da Federação, mas que faleceram em hospitais locais, desde o início da pandeia. Apesar da quantidade expressiva de casos e óbitos, o número de pessoas recuperadas da covid-19 chegou a 50.879. Portanto, 12.634 casos são considerados ativos. A pasta parou de informar o quadro clínico das vítimas, portanto, não é possível dizer quantas estão em estado grave.

Ontem, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) divulgou levantamento de profissionais infectados pelo novo coronavírus, do início da pandemia até 2 de julho. O estudo mostra que 220 servidores — 200 das áreas operacionais e 20 em atividades administrativas — homologaram atestados médicos solicitando o afastamento das atividades por suspeita de infecção ou por terem declarado contato com pessoa infectada. Desse total, 44 testaram positivo.

Colapso
Com mais de 64 mil casos confirmados, o sistema de saúde da capital apresenta sinais de risco de colapso devido à demanda crescente de pacientes Ao todo, contabilizando a rede pública e a privada, o Distrito Federal tem 853 leitos de UTIs exclusivos para o tratamento do novo coronavírus. Desses, 659 estão em uso, uma taxa de ocupação de 77%.

No sistema público, 71% das UTIs estão operando. No total, são 617 leitos e 440 pacientes. Na rede privada, a taxa de ocupação é ainda maior: 93,99%. Segundo informações da Secretaria de Saúde, há 236 vagas e 219 internações. Ainda de acordo com a pasta, o tempo de permanência no leito, para 85,91% dos pacientes, é de até 15 dias, o que dificulta a liberação. (WG)