Samara Schwingel
postado em 08/07/2020 13:00 / atualizado em 29/08/2020 01:05
Um estudante de 22 anos de Brasília entrou em coma após ser picado por uma cobra naja. O acidente aconteceu na terça-feira (7/7) e o jovem foi levado ao Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, e internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O soro antiofídico necessário para o tratamento do veneno, que é estocado pelo Instituto Butantan, em São Paulo, chegou a Brasília ainda na noite de terça.
Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkuhl é estudante de medicina veterinária. Grande admirador dos répteis, ele está em estado de saúde considerado grave, segundo o hospital. O Correio apurou que, nesta quarta-feira, o quadro do estudante teve leve melhora, mas ainda preocupa a equipe médica, que decidiu fazer uma hemodiálise em Pedro Henrique.
De acordo com Carlos Eduardo Nóbrega, diretor de Répteis, Anfíbios e Artrópodes do Zoológico de Brasília, a naja é originária da Ásia e não costuma ser agressiva, atacando apenas para se alimentar ou se proteger quando se sente ameaçada. "Essa espécie só ataca quando se sente muito ameaçada. Porém, é muito nociva ao ser humano e pode levar à morte em apenas uma hora depois da picada", diz. Ele explica que o veneno age diretamente no sistema nervoso central. "A pessoa pode perder a noção de espaço e ficar sonolenta", explica.
De acordo com Carlos Eduardo Nóbrega, diretor de Répteis, Anfíbios e Artrópodes do Zoológico de Brasília, a naja é originária da Ásia e não costuma ser agressiva, atacando apenas para se alimentar ou se proteger quando se sente ameaçada. "Essa espécie só ataca quando se sente muito ameaçada. Porém, é muito nociva ao ser humano e pode levar à morte em apenas uma hora depois da picada", diz. Ele explica que o veneno age diretamente no sistema nervoso central. "A pessoa pode perder a noção de espaço e ficar sonolenta", explica.
Nóbrega afirma que a naja se assemelha com a espécie brasileira coral verdadeira. Ele ressalta que é importante não trazer animais exóticos para o Brasil sem autorização dos órgãos ambientais. "Antes de trazer o animal, é necessário importar o soro. Caso contrário, a pessoa pode responder por crime ambiental", diz.
Naja foi resgatada pela polícia
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Já o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA), segundo o major Elias Costa, assim que soube do incidente, entrou em contato com a família do estudante para tentar recolher o animal. A naja, no entanto, só foi resgatada no fim da tarde desta quarta-feira, no Shopping Pier 21 (veja o vídeo abaixo). Segundo os policiais, um amigo de Pedro Henrique estava guardando o animal.
"Queremos colocá-lo em um ambiente adequado. Ele não pode ser solto no Distrito Federal", disse Costa. Ele ressalta a importância de não domesticar animais silvestres nem peçonhentos. "Caso alguém que não tem o conhecimento necessário tente manipular esses animais, o risco de acidentes é grande", alerta.
Nóbrega, do zoo de Brasília, diz que, ao se deparar com uma cobra, é necessário ter calma. "O primeiro passo é se afastar do animal e tentar desviar o caminho. Se não for possivel, pegar um galho comprido e encostar na cobra fará com que ela se incomode e saia do caminho", recomenda.
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