Ao Correio, o estudante de tecnologia da informação relata que foi realizar compras na loja acompanhado da mãe, a autônoma Kariny Batista Siqueira, 43, e a irmã, a estudante de medicina Bruna Batista Siqueira, 21. “Quando chegamos, Bruna e eu decidimos olhar alguns produtos em uma sessão, e nos separamos da minha mãe. Ao procurá-la, percebi que a funcionária estava me observando e me seguindo pelos corredores”, explica.
Incomodado, Marcus Vinicius comentou a situação com a mãe, que também passou a analisar a atitude da funcionária. “Toda a situação me deixou extremamente envergonhado, constrangido e exposto. Tudo o que eu queria era sair daquele local o mais rápido possível. Então, minha mãe, minha irmã e eu fomos para a fila do caixa. Mesmo assim, não adiantou”, relata.
Já no caixa, passando os produtos, o jovem continuou sendo “seguido pela funcionária. Eu tinha esquecido de pegar amendoim, então, ali na área mesmo eu peguei um pacote para incluir nas compras. Nesse momento, a funcionária se aproximou mais. Foi quando minha mãe pediu para chamar o gerente, mas nos informaram que ele não estava no local.”
Sem conseguir encontrar uma solução para a situação, Kariny questionou a funcionária sobre a atitude. “Ela começou a rir da minha mãe, e respondeu, ironicamente, que eu estava ‘me entregando’. Minha mãe perguntou o que ela queria dizer com aquilo, mas a mulher debochou”, afirma.
A irmã da vítima tentou filmar a atitude da funcionária. “Nesse momento, ela se exaltou ainda mais e chegou a ir para cima da minha mãe. Só que a Bruna interveio e um outro funcionário também impediu um possível embate físico. Ela foi levada para o fundo da loja e tentaram se desculpar pela situação. Mas não posso aceitar isso, não é certo”, frisa Marcus Vinicius.
A reportagem entrou em contato com as Lojas Americanas, que soltou uma nota oficial sobre o assunto, afirmando que a empresa “repudia todo e qualquer ato de discriminação e informa que está apurando o ocorrido.” Não foi informado, no entanto, se a conduta da funcionária é adequada às normas do estabelecimento e se ela continua lotada como segurança, ou se foi transferida para outra área de atuação.