As vítimas foram mortas a tiros na casa onde o sargento vivia com Francisca, na Quadra 1405 da região administrativa. À época do crime, Juenil era síndico do prédio. Ele acreditava que a companheira tinha um caso com o ex-vizinho. No entanto, Francisco estava em um relacionamento com Marcelo Soares Brito, 40, havia cinco anos.
Ele obrigou Francisca e Francisco a subirem até o apartamento dele, acompanhados por Marcelo. No local, ocorreu uma discussão, gravada pelo sobrevivente. O vídeo aterrorizante mostra o momento em que o sargento executou as vítimas. O material foi obtido pelo Correio em primeira mão.
Após o crime, o sargento reformado tentou fugir, mas foi detido em flagrante. A Justiça converteu a prisão em preventiva, por causa da “gravidade do delito e da periculosidade concreta do agente”. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o acusado ao TJDFT em junho do ano passado.
Nesta segunda-feira (29/6), o juiz do Tribunal do Júri de Brasília acatou a denúncia. Juenil responderá por duplo homicídio qualificado por motivo torpe, uso de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa das vítimas. Ainda no caso de Francisca, o sargento reformado também foi indiciado por feminicídio.
Por meio da sentença de pronúncia, o juiz confirma a competência do Tribunal do Júri para processar e julgar o crime. Juenil deverá aguardar o julgamento preso e pode recorrer da sentença de pronúncia.