Devido ao avanço das infecções pelo novo coronavírus no Entorno do Distrito Federal, prefeitos dos municípios decidiram implementar o lockdown. A medida terá início às 15h de sábado (11/7) e terminará à 0h de segunda-feira (13/7). Além disso, houve alteração nos horários dos serviços, essenciais e não, durante a semana para evitar aglomerações e conter a disseminação da covid-19.
Os municípios goianos atingidos pela medida serão: Águas Lindas de Goiás, Abadiânia, Alexânia, Padre Bernardo, Valparaíso, Luziânia, Ocidental, Santo Antônio do Descoberto e Planaltina de Goiás. A decisão começa a valer a partir desta quinta-feira (2/7).
Durante o lockdown no fim de semana, apenas os postos de gasolina, distribuidoras de gás e farmácias poderão atender. Os estabelecimentos deverão permanecer de portas fechadas em regime de plantão. As medidas visam evitar aglomerações nos comércios.
Serviços
A medida também afetará o funcionamento dos serviços essenciais. A partir de segunda-feira (6/7), eles poderão funcionar de segunda a sexta-feira, das 6h às 21h. Os serviços considerados não essenciais terão permissão para abrir das 9h às 17h. O delivery está permitido até as 22h, somente para estabelecimentos fechados.
Os serviços, essenciais ou não, poderão funcionar entre 6h e 15h de sábado. Em seguida, todos deverão permanecer fechados até o fim do lockdown. Os eventos religiosos poderão ser realizados seguindo as recomendações dos órgãos de saúde, e organizados para evitar aglomerações.
Transporte
De acordo com a Associação dos Municípios Adjacentes à Brasília (Amab), os prefeitos dos municípios ressaltaram que uma das dificuldades para fazer um lockdown completo é porque parte da população é "flutuante" e muitos se deslocam diariamente para trabalhar no Distrito Federal. "Neste caso, um lockdown local não surtiria efeito, portanto, foi necessário buscar outras alternativas", ressaltou o texto publicado pela entidade.
A Amab frisou que o transporte semiurbano que atende os municípios é regulamentado pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT). Por isso, os prefeitos não podem interferir, já que a responsabilidade é do Governo Federal. "Neste caso, fica inviável a região aderir ao lockdown total como foi proposto pelo Governo do Estado", informou o texto.
Hospital de Campanha
De acordo com a Amab, o Ministério da Saúde prometeu a entrega do Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás com 200 leitos, sendo 40 de unidade de terapia intensiva (UTI) e 160 de enfermaria. Entretanto, a entidade destaca que a realidade é outra e, até o momento, há apenas 10 vagas de UTI e 40 de enfermaria, para atender uma população de 1,2 milhão de pessoas. “O que está disponível hoje é insuficiente, até mesmo para atender a comunidade local”, disse o texto.
A Amab frisou que a estrutura da unidade é grande e poderia atender toda a região, caso estivesse funcionando na capacidade total. A associação encaminhará um documento para o Ministério da Saúde, com cópia para a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás para que se tomem providências.