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Pirata, o tucano do Zoológico de Brasília, ganhou nova prótese de bico 3D

A ave havia passado pelo mesmo procedimento em 2016, e agora, quatro anos depois, conta com nova peça mais moderna, leve e resistente

Pirata, um tucano-toco que vive no Zoológico de Brasília, precisa do auxílio de uma prótese no bico para se alimentar e ter qualidade de vida. O animal ganhou a primeira peça em 2016, quando foi resgatado por veterinários em um jardim de uma casa no Park Way, com fratura no bico. Agora, quatro anos depois, a ave ganha nova prótese, mais moderna, leve e resistente. 

De acordo com veterinários do Zoológico, a antiga peça — chamada de gnatoteca — estava quebrada e o animal apresentava dificuldade para comer. A nova prótese é feita de resina fotossensível em 3D e foi elaborada pelo engenheiro mecânico Thiago Hirano.

Até chegar à versão final, foi um longo caminho de estudos, pesquisas técnicas e exames para a produção de um bico de melhor qualidade. “Fizemos um pré-design com uma prótese de plástico e molde de gesso que nos levou à prótese definitiva”, explica Thiago. De acordo com ele, o novo modelo se encaixa perfeitamente, além de ser bem mais leve em relação à anterior.

A cirurgia ocorreu na semana passada, no Hospital Veterinário do Zoológico de Brasília. Com duração de aproximadamente duas horas, contou com uma equipe de três médicos veterinários, além do engenheiro mecânico.

Apesar de o procedimento cirúrgico ter sido longo, equipe do zoológico conta que a recuperação da ave foi quase imediata, devido ao metabolismo acelerado, característico da espécie. De acordo com o médico veterinário Nicolas Costa, gerente de clínica médica do Zoo de Brasília, Pirata não teve dificuldades para se adaptar ao novo bico.

“Depois do retorno anestésico do animal, observamos que ele estava em estação e com comportamento normal para a espécie”, relata. “Ele teve uma melhora significativa, já estava com bico novo e conseguindo comer poucos minutos depois do procedimento.”

Pirata também contou com o apoio de dois médicos veterinários anestesistas, Lais Velloso e Jairo Santos, que faziam o monitoramento dos sinais vitais durante todo o procedimento.

Com informações da Agência Brasília