Correio Braziliense
postado em 30/06/2020 10:20
A Polícia Civil cumpriu seis mandados de busca e apreensão e prendeu em flagrante dois donos e o gerente de uma loja de revenda de autopeças no Setor H Norte, em Taguatinga. De acordo com as investigações, os três eram receptores de caminhonetes roubadas e furtadas no Distrito Federal. Depois de desmanchados os veículos, as peças entravam no estoque da loja e passavam a ser vendidos como legítimos.
Durante a operação, a polícia identificou uma chácara no Núcleo Rural Alexandre Gusmão, a caminho de Brazlândia, onde funcionava a central de desmanches. No local, até três caminhonetes eram cortadas por semana. Em seguida, as peças eram transportadas para a loja e revendidas como se fossem legais. No sítio, foram encontradas diversas carcaças e sobras de outros veículos.
Saiba Mais
Os três envolvidos foram presos em flagrante e responderão por receptação e associação criminosa. Ao final do inquérito ainda serão indiciados por lavagem de dinheiro, uma vez que usavam o fluxo de vendas da loja como meio de esconder o lucro obtido com a venda das peças ilegais.
A operação foi denominada Déjá Vu em alusão às diversas operações anteriores contra pseudo lojistas de autopeças do setor H Norte, em Taguatinga. Segundo investigações da Polícia Civil, a maioria das lojas de revenda de autopeças naquela região trabalha à margem da legalidade e funciona como centro de absorção de significativa parcela dos carros roubados e furtados no DF.
Fiscalização
De acordo com a Polícia Civil, apenas a rigorosa fiscalização e interdição das lojas ilegais ajudarão na diminuição da lucratividade dos desmanches e, por consequência, a demanda por veículos roubados e furtados na capital. A corporação trabalha na tentativa de formalizar um acordo com Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) com o objetivo de fazer uma cooperação técnica, passando a também ter poder de fiscalizar e interditar essas lojas.
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