Em outro ranking internacional divulgado esta semana, o Times Higher Education (THE) Golden Ages, a UnB subiu da faixa entre as 151 e as 200 melhores para o intervalo entre as 101 e as 150 melhores. O estudo reúne as mais bem-conceituadas instituições de ensino superior fundadas entre 1945 e 1967, a denominada época de ouro. “Nós estamos melhorando nos rankings e, para melhorar mais, devemos seguir com a política, que adotamos, de investir em pesquisa, nas unidades acadêmicas e na qualidade do gasto internamente”, analisa Márcia.
“Conseguimos reverter a tendência de queda nos rankings e estamos muito felizes, porque nossa comunidade, com muito trabalho, dedicação, competência e menos dinheiro, está na tendência de subida. O Golden Ages é mais um indicador que mostra a melhoria da UnB”, celebra. A pontuação da Universidade de Brasília melhorou em ensino, pesquisa, citações e panorama internacional. O aspecto em que a UnB não avançou é o chamado de “indústria”. Em vários levantamentos, é levada em conta a relação com a indústria e a inserção de alunos nesse mercado de trabalho.
Márcia pondera que este é um ponto em que a UnB nunca se sai bem, justamente, porque o DF não é uma região com muitas fábricas, diferentemente do que acontece em São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina. A reitora analisa que nem todos os indicadores retratam fielmente a realidade. “O quesito empregabilidade pesquisa isso em empresas privadas. Mas, a maior parte dos nossos ex-alunos está no serviço público. Então, essa comparação fica injusta.”
As estaduais paulistas — incluindo Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) — costumam aparecer muito bem em rankings e têm um diferencial, que é mais autonomia para utilização de cursos. “Elas têm essa liberdade maior, contam com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que investe fortemente em pesquisa.”