O vídeo mostra Janária Beatriz e o namorado caminhando pela rua, quando, de repente, Lucas dá um tapa no rosto da vítima. Ela se abaixa, momento em que o acusado a puxa pelos cabelos se rebaixa um pouco e começa a falar com a mulher. Depois, ele a levanta à força pelas mechas e continua as agressões.
Aos 50 segundos da filmagem, Lucas joga a namorada, já sem reação, no chão. Ele dá um chute tão forte no rosto da vítima que o sapato se solta do pé. O homem calça o chinelo e se volta para Janária novamente, que continua imóvel. Ela é puxada pelos cabelos de novo, e, quase sem forças para continuar de pé, continua sendo espancada.
Pouco antes de dois minutos de vídeo, o criminoso deixa a namorada desfalecida no chão e se senta no meio-fio. Ele reflete por alguns segundos e, em seguida, passa a apedrejar Janária Beatriz ininterruptamente. Quase aos sete minutos, ele para e chuta o rosto da mulher, que já estava desmaiada.
Lucas deixa a namorada desfalecida e sai do local. Contudo, olha para trás, retorna, e chuta a mulher no rosto mais uma vez. Então, o acusado pega o cabelo da vítima e a arrasta pela rua. Como se quisesse ter certeza de que Janária Beatriz estava morta, ele para e a agride inúmeras vezes. O acusado ainda confere a respiração e prossegue puxando o corpo dela.
Assassinato motivado por ciúmes
De acordo com o delegado Cleber Martins, chefe do Grupo de Investigação de Homicídio (GIH) de Águas Lindas de Goiás, Janária e Lucas estavam um relacionamento recente, de cerca de três semanas. “No dia do crime, o casal estava em uma festa, onde o agressor teria descoberto uma suposta traição. Após saírem do local, ele decidiu matar a vítima por causa dessa suposta infidelidade”, explica.
“No trajeto para a residência da vítima, o suspeito a surpreendeu, desferindo socos e chutes. Depois, ele apedrejou Janária no rosto. Não satisfeito, ele arrastou o corpo dela pela rua e, então, a deixou jogada. Cerca de 20 minutos depois, o acusado foi capturado pela Polícia Militar”, acrescenta o investigador.
O delegado esclarece que Lucas “confessou o assassinato com detalhes de toda a ação”. Ele foi autuado por homicídio triplamente qualificado, por feminicídio, motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. A pena pode chegar a 30 anos de prisão.
“Pontuamos que o autor do delito é foragido da Justiça do Distrito Federal, por ter cometido um homicídio. Ele cumpriu vários anos pelo crime e deixou o cárcere em um saidão, mas não retornou. Sendo assim, tinha um mandado de prisão em aberto. Isso mostra o quão perigoso é o autor desse crime, que, já condenado por homicídio, voltou a atacar. Desse vez, ceifando a vida da namorada, alegando ter sido traído”, finaliza o delegado Cleber Martins.
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» Polícia Civil — 197 ou opção 3 ou 61 98626-1197 (WhatsApp)
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» Programa de Prevenção à Violência Doméstica (Provid) da Polícia Militar
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