Polícia conclui inquérito da morte de professor da 410 Norte

Apesar do término da investigação, a corporação não pode divulgar o resultado do inquérito, pois um juiz analisará se o caso seguirá em segredo de justiça

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) finalizou a investigação acerca do suposto envenenamento do professor Odailton Charles de Albuquerque Silva, de 50 anos, que atuava no Centro de Ensino Fundamental 410 Norte. O inquérito será encaminhado para análise do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).

O caso ocorreu em 30 de janeiro, quando Odailton passou mal na instituição da ensino e afirmou a amigos que teria sido envenenado por uma colega de trabalho, por meio de um suco de uva. Ele faleceu em 4 de fevereiro, no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). 

O inquérito era apurado pela 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), na supervisão do delegado-chefe da unidade à época, Laércio Rossetto. No entanto, após o investigador assumir a Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (CHPP), o caso também foi encaminhado para a especializada. 

Apesar da conclusão do inquérito, houve pedido para que o caso siga, agora, em sigilo de justiça. Portanto, a PCDF não pode informar detalhes da investigação até que um juiz do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) delibere sobre o assunto. 

A polícia levantou duas possíveis hipóteses sobre a morte de Odailton: que ele teria sido envenenado pela colega da 410 Norte, ou que ele próprio ingeriu a substância proibida aldicarbe, encontrada em raticidas, como o chumbinho. 

Para confirmar os fatos por trás do envenenamento, a PCDF pediu uma série de exames periciais. O objetivo era confirmar ou descartar a ingestão do suco de uva, citado pela própria vítima a amigos em áudio como a forma que foi envenenado. Em um dos laudos do Instituto de Criminalística, não foi encontrado traços da bebida nas roupas de Odailton Charles.