Correio Braziliense
postado em 24/06/2020 12:40
A líder dos “300 do Brasil”, grupo extremista de apoio ao presidente Jair Bolsonaro, Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara Winter, deve ser liberada da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, na noite desta quarta-feira (24/6). O Correio apurou que, no entanto, o Judiciário analisa a possibilidade de que a acusada deixe o cárcere com o uso de tornozeleira eletrônica.A previsão inicial era de que Sara deixasse o presídio à tarde, no entanto, o prazo foi estendido até às 23h59 desta quarta-feira — horário que vence o período do mandado de prisão temporária. Representantes do Judiciário consideram duas hipóteses no caso da militante bolsonarista: que ela faça o uso de tornozeleira ou a conversão da prisão em preventiva.
Como a acusada já teve o prazo da detenção temporária prorrogado uma vez, passando de cinco dias de reclusão para dez, a Justiça não pode mais estender o período. Por isso, é analisada a possibilidade de Sara continuar presa durante as investigações dos ataques realizados contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Secretaria estuda ampliar segurança
Saiba Mais
O titular da pasta, Adval Cardoso, estuda ampliar a segurança do presídio por possíveis manifestações no local. De acordo com o secretário, não haverá proibição de ato em frente ao prédio, entretanto, não será permitido nenhum tipo de ato violento, como queima de fogos.
Adval destacou, ainda na terça-feira (23), que “se ocorrerem ações que vão contra a lei, tomaremos as medidas cabíveis.” Ele estuda pedir apoio na segurança com o reforço de policiais penais, além da presença de servidores da Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE).
Prisão temporária
A bolsonarista Sara Winter está presa temporariamente desde 15 de junho, quando foi detida durante uma operação da Polícia Federal. A extremista de direita é investigada por ataques, praticados de forma continuada contra o ministro Alexandre de Moraes. Inicialmente, a suspeita ficaria detida por cinco dias e seria liberada na sexta passada (19). No entanto, a Justiça prorrogou o período de detenção por mais cinco dias.
A líder dos “300 do Brasil” já tinha sido alvo de busca e apreensão no inquérito das fake news, em 27 de maio. Foi essa ação policial que fez com que Sara Winter disparasse ofensas contra o ministro. Além de dizer que queria trocar socos com o magistrado, ela o chamou de “covarde” e afirmou que descobriria tudo sobre a vida do representante do STF, incluindo os lugares que ele frequenta. “Nunca mais vai ter paz na sua vida”, ameaçou.
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