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Ceilândia chega a 100 mortes e tem quase 5 mil casos de covid-19

Nesta terça-feira (23/6), o Distrito Federal chegou a 35.368 diagnosticados e 432 vítimas da covid-19

Com mais de 400 mil moradores, Ceilândia sofre com a disseminação do novo coronavírus. A região administrativa é a mais populosa do Distrito Federal e tem a maior quantidade de casos confirmados e de mortes provocadas pela covid-19. Boletim divulgado pela Secretaria de Saúde nesta terça-feira (23/6) mostra que a cidade chegou a 100 mortes provocadas pela doença e tem 4.888 infectados. Ao todo, a capital tem 35.368 diagnosticados e 432 vítimas. 
 
Apenas nesta terça, Ceilândia registrou a morte de cinco moradores por coronavírus. Eles estão entre os 22 que morreram no DF em decorrência de complicações da covid-19. Outros locais com mais de uma vítima são Gama (2), Samambaia (2) e Taguatinga (2).
 
Em número absoluto de casos, o Plano Piloto ocupa a segunda posição no ranking das cidades de maior incidência da doença. Ao todo, são 2.622 infectados na cidade. Em seguida, está Taguatinga, que tem 2.560 diagnosticados.
 
Analisando o número de mortes, Samambaia está em segundo lugar entre as cidades onde mais moradores perderam a vida devido ao coronavírus. A região administrativa contabiliza 2.260 casos e 43 mortos. Em terceiro lugar, está Taguatinga, que soma 41 vítimas da doença. 
 
 

Causas

Em 19 de março, o Correio publicou reportagem explicando alguns dos fatores que influenciam no crescimento acelerado da pandemia em Ceilândia. Além da grande população, especialistas alertam que a vulnerabilidade social, a baixa renda per capita e o desemprego são algumas das causas que resultaram na disseminação da covid-19 na cidade. 
 
A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) da Companhia de Planejamento (Codeplan) mais recente, divulgada em 2018, mostra que Ceilândia tem a 10ª renda per capita mais baixa do DF: R$ 1.125,06. No Lago Sul, com a média de remuneração mais alta, o valor é de R$ 8.322,81. No total, são 432.927 moradores na cidade. Segundo o estudo, 40,4% da população não tinha emprego com carteira assinada.