Imagens das câmeras de segurança registraram o momento em que o policial deixa um pacote no interior de um dos blocos da unidade prisional, durante a ronda. A droga seria "pescada" por um detento. No entanto, ao constatarem a movimentação do servidor através das câmeras, os investigadores revistaram as celas do pavilhão e encontraram o embrulho com 600g de maconha.
Na decisão, a juíza Léa Martins Sales destacou que o acusado esteve preso durante mais de 150 dias, de modo que o tempo sugerido pela Instrução n.º 1 da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) era de 148 dias e constatou “excesso de prazo da prisão provisória do acusado”.
Desse modo, a magistrada concedeu o alvará de soltura na sexta-feira (19/6) em desfavor de Luiz Paulo para colocá-lo em liberdade. Ela determinou, ainda, que em 26 de novembro, às 14h, o réu passará pela audiência de instrução e pelo provável julgamento.
Regras
Saiba Mais
Durante o período noturno, o servidor deve se recolher e permanecer em casa. O descumprimento injustificado de qualquer das medidas cautelares impostas, especialmente o não comparecimento em Juízo quando intimado, acarretará adecretação da prisão preventiva.
Entenda o caso
Em 18 de janeiro, a Polícia Civil do DF prendeu Luiz Carlos após ele ser flagrado por câmeras de segurança arremessando drogas para dentro do CDP. A quantidade da droga, segundo estimativa da Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), renderia cerca de R$ 100 mil. O policial, que trabalha há 11 anos na função, ficaria com parte do valor. Ele era investigado desde setembro do ano passado pela Sesipe e pela Coordenação de Repressão às Drogas da Polícia Civil (Cord).