Após forjar o próprio sequestro para deixar de pagar dívidas, um empresário do ramo de corretoras de investimentos teve mais de R$ 1 milhão dos bens e contas bloqueadas. A determinação do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) foi divulgada nesta segunda-feira (2). Os outros sócios e representantes também foram autuados.
A decisão foi da 19ª Vara Cível de Brasília e teve como intenção garantir a devolução de um investidor que alega ter sido vítima do golpe. De acordo com ele, houve investimento de R$ 1 milhão na empresa do grupo, sob a contrapartida de que receberia 8% ao mês como participação dos lucros, valores acima dos que são usualmente vistos no mercado financeiro.
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Segundo o magistrado, há fortes indícios de que o caso seja o de pirâmide financeira, ação configurada como crime contra a economia popular no Brasil, uma vez que se trata de promessas de retorno expressivo em pouco tempo. “O presidente do grupo foi preso após ter arquitetado um falso crime de extorsão mediante sequestro, ocasião em que, nos depoimentos prestados à polícia, acabou relevando parte das ilicitudes cometidas à frente do esquema, especialmente movimentações financeiras feitas por meio de 'laranjas'”, diz o juiz.