A curva de casos do novo coronavírus segue em aceleração no Distrito Federal. Em uma semana, entre 15 e 21 de junho, a capital registrou 11.277 diagnósticos e 133 mortes provocadas pela covid-19. Ontem, foram 921 diagnósticos e 24 óbitos. Com as notificações, o total de infectados subiu para 34.148 e o de óbitos, para 410.
Desde s semana passada, Ceilândia, cidade de maior incidência da covid-19, foi a região administrativa que mais registrou crescimento nas notificações. Em 15 de junho, eram 2.911 infectados. Segundo balanço da Secretaria de Saúde divulgado ontem, a região administrativa passou para 4.721 diagnosticados, ou seja, 1.810 notificações de coronavírus em sete dias. Após Ceilândia, o Plano Piloto é a cidade com mais casos de coronavírus. No total, contabiliza 2.513. Em seguida aparece Taguatinga, com 2.459. Apesar dos números expressivos, a capital tem 21.930 pacientes recuperados da doença. Por isso, 11.769 contaminações são consideradas ativas. Desses, 42 têm quadro clínico grave e 81, moderado.
Das 24 mortes registradas ontem, todos os pacientes tinham mais de 30 anos, sendo que a maioria era idosa. Ao todo, sete não tinham comorbidades — doenças que agravam os sintomas da covid-19. A maior parte dos óbitos aconteceu em Taguatinga (5) e Ceilândia (4). Além disso, a Secretaria de Saúde contabiliza 40 vítimas de outras unidades da Federação, mas que faleceram em unidades de saúde da capital.
Com o avanço dos casos de coronavírus, a capacidade do sistema de saúde começa a ficar sobrecarregada. Balanço da Secretaria de Saúde mostra que 72% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) exclusivos para pacientes com a covid-19 estão ocupados. Apenas no sistema público, a taxa de ocupação é de 67,6%. São 429 leitos e 293 internações na UTI. Na rede particular do DF, há 218 vagas e 179 pacientes hospitalizados, ou seja, 81,4% da capacidade se mostra comprometida.
Novo formato
A Companhia de Planejamento (Codeplan) divulgou ontem uma nova forma para a divulgação das informações referentes ao coronavírus no Distrito Federal. De acordo com o órgão, o objetivo é dar mais transparência sobre o cenário da pandemia na capital. O novo cálculo apresentará a capacidade de atendimento dos sistemas de saúde, período em que haverá estabilização dos casos e menos sobrecarga na rede de atendimento.
O resultado será apresentado por cores. Por exemplo, se o cenário for azul, significa que a pandemia está controlada e com alta capacidade de resolução. Além da primeira, serão seis cores: verde, amarelo, laranja e vermelho. A última indica crescimento descontrolado e proximidade da saturação do sistema de saúde. O subsecretário de Vigilância Epidemiológica, Eduardo Hage, explicou que os dados serão divulgados diariamente e, depois, será feita a análise por região administrativa. “Ele (o gráfico) nos permite o monitoramento da situação atual. Estamos próximo ao pico da pandemia, de acordo com previsões feitas pelo GDF e pela Secretaria de Saúde”, afirmou.