Cidades

Presidente da CNBB diz que extremistas não podem 'desfigurar a democracia'

Dom Walmor Oliveira de Azevedo manifestou-se após ameaças ao bispo auxiliar de Brasília dom Marcony Vinícius Ferreira, que levaram ao fechamento da Esplanada dos Ministérios

Após ameaças ao bispo auxiliar de Brasília dom Marcony Vinícius Ferreira, feitas por remanescentes do grupo extremista  do acampamento dos 300 do Brasil, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, manifestou-se sobre o episódio, nesta quarta-feira (17/6).  
 
“Nosso incondicional apoio e solidariedade a dom Marcony Vinícius Ferreira, bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, que no exercício de seu ministério, na missão de zelar pelo bem de todos — a Catedral Nossa Senhora Aparecida — foi vítima de ameaças”,  escreveu dom Walmor, que salientou que as igrejas não servem a propósitos político-partidários, e a oração e o serviço aos mais pobres. 
 
O grupo tentou ocupar território da Catedral Metropolitana Nossa Senhora de Aparecida, mais conhecida como Catedral de Brasília, nesta terça-feira (16/6), o que .
 
Dom Walmor chama a atenção, também, para a violência e extremismo que vêm crescendo no Brasil e cobra ações das autoridades a fim de garantir a paz e segurança da população. “Esses grupos não podem continuar a desfigurar a democracia brasileira, com ataques às instituições, à religião e a quem mais não compartilha com as suas visões de mundo. Conviver com as diferenças é condição básica para a civilidade”, disse.
 
Para o presidente da CNBB, “a ameaça a dom Marcony Ferreira é uma agressão que fere toda a Igreja Católica no Brasil” e espera celeridade na apuração deste crime por parte das forças de segurança.


Entenda o caso

De acordo com a Arquidiocese de Brasília, na manhã de terça-feira (16/6), um grupo de manifestantes foi até a Catedral de Brasília pedindo para acampar no local. No entanto, o bispo auxiliar Dom Marcony Vinícius Ferreira recusou. Em nota, a igreja informa que a negativa ocorreu tanto em função da impossibilidade de acolher aglomerações quanto para proteger a integridade física da Catedral. “Além de representar um monumento tombado, é um local de culto e que deve ser protegido contra qualquer ameaça”, diz o texto.