Correio Braziliense
postado em 17/06/2020 17:20
A Polícia Civil do Distrito Federal deteve o companheiro de Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara Winter, soltando fogos próximo à Penitenciária Feminina de Brasília, a Colmeia. Geovani Furtado Rodrigues, que é de Porto Alegre (RS), estava acompanhado de um amigo identificado como Renan de Morais Souza. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal.
Os acusados foram presos logo após soltarem fogos contra o prédio do presídio, localizado no Gama. Em um vídeo, Renan de Morais Souza comenta a prisão de Sara Winter. “Estamos indo para a Penitenciária Feminina Federal do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, porque transferiram a Sara Winter para lá. Do nada, uma situação que assim, coloca a vida dela em risco”, afirmou.
Após cometerem o ataque, os homens foram levados para a 20ª Delegacia de Polícia (Gama). No local, agentes confirmaram que Renan de Morais, que é de Barra Mansa (RJ), tinha um mandado de prisão temporária em aberto expedido no último domingo (14), pelo ministro Alexandre de Moraes. Portanto, ele ficará detido por cinco dias — o tempo pode ser prolongado. O inquérito está sob sigilo.
O companheiro de Sara será autuado na 20ª DP. A previsão é que ele assine um termo circunstanciado, se comprometendo a comparecer perante o juiz quando convocado, e seja liberado em seguida.
Prisão de Sara Winter
A líder do grupo de extrema direita 300 do Brasil, Sara Winter, foi levada para a Colméia no início da tarde desta quarta-feira (17/6). Sara foi alvo de um mandado de prisão temporária em uma operação da Polícia Federal que investiga organizadores e financiadores de atos antidemocráticos no país. Além disso, a militante bolsonarista também foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por injúria e ameaça, praticados de forma continuada, contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
As acusações ocorreram em outro inquérito, do STF, de combate às fake news. Sara Giromini foi alvo de busca e apreensão em 27 de maio. À época, disparou ofensas contra o Alexandre de Moraes. Disse que queria trocar socos com o magistrado, o chamou de “covarde” e afirmou que descobriria tudo sobre a vida do magistrado, incluindo os lugares que ele frequenta. "Nunca mais vai ter paz na sua vida”, ameaçou.
Na denúncia, o procurador da República Frederick Lustosa relata que Sara "utilizou-se das redes sociais para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando de causar-lhe mal injusto e grave, com o fim de constrangê-lo". Se condenada, ela pode ser obrigada a pagar R$ 10 mil a Moraes por danos morais. Os fogos de artifício parecem ter se tornado prática comum entre os apoiadores de extrema direita de Jair Bolsonaro. No último sábado, outro grupo radical também disparou foguetes contra o prédio do STF.
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