Correio Braziliense
postado em 16/06/2020 16:28
As estudantes agredidas durante manifestação pró-governo em 7 de junho, na Esplanada dos Ministérios, reconheceram Renan Silva Sena, 57 anos, como um dos agressores. As jovens passavam de carro, com duas crianças, de 3 e 10 anos, próximo aos manifestantes quando teriam sido atacadas.
Ao verem as imagens da prisão do militante bolsonarista, no último domingo (14/6), elas o reconheceram e foram à Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) acrescentar o depoimento.
“Quando saíram as notícias sobre os fogos no STF, vimos os vídeos e o reconhecemos. Ele foi um dos agressores da minha amiga, que estava dirigindo o carro. A agressão partiu de diversas pessoas”, disse a estudante e escritora Kimberlly Oliveira, 24 anos. “Estávamos com duas crianças no carro e foi algo assustador para elas. Pelo que estamos vendo, não foi só com a gente, são vários casos de violência”, destaca a jovem.
Para ela, o objetivo agora é que a justiça seja feita. “Não queremos dinheiro. O carro eu conserto. A gente quer o rosto dessas pessoas expostos, porque fomos expostas também. Pessoas que dizem lutar pela família, que usam o nome de Deus, agredindo uma mulher?”, questiona Kimberlly. “É um ato criminoso. Justiça seja feita”, pede a escritora.
O Correio entrou em contato com a defesa de Renan Sena, mas o advogado disse que não tem nada a declarar sobre o caso. A denúncia está sendo investigada pela Polícia Civil, por meio da Decrin.
Prisão
Renan Silva Sena foi preso na tarde de domingo (14/6) suspeito de ameaçar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também hostilizou e agrediu verbalmente enfermeiros que protestavam silenciosamente na Praça dos Três Poderes em 1º de maio. Renan Silva Sena, de 57 anos, foi identificado como o ativista que aparece em vídeos xingando o chefe do executivo local e a suprema corte. A prisão dele foi flagrada pelo Correio, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Após prestar depoimento, ele foi liberado.
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