O secretário de Segurança Pública, Anderson Torres comentou, nesta terça-feira (16/6), sobre ato contra o Supremo Tribunal Federal(STF) e o governador Ibaneis Rocha (MDB), no último domingo. “As ações fugiram um pouco do controle e começaram a passar do limite. Na nossa visão deixou de ser democrático, para ser algo de ameaça criminosa e nós restringimos (manifestações) durante o fim de semana e estamos reanalisando para os próximos finais de semana”, informou ao Correio, após cerimônia de inauguração da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher 2 (Deam 2) e do Posto Descentralizado de Atendimento do IML, em Ceilândia.
Apesar da restrição, o Anderson Torres informou que o objetivo da pasta não é proibir os movimentos na Esplanada, mas sim evitar violência e ameaças. “Nós não estamos ali para conter, mas para garantir a manifestação ordeira e pacífica”, explicou. Segundo ele, a determinação do fechamento da Esplanada dos Ministérios no domingo (13/6) pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) não foi definitiva. “O decreto serviu para o domingo passado apenas . Não há um decreto de proibição. As pessoas têm que cumprir os requisitos, cadastrar a manifestação na Secretaria de Segurança e uma vez cadastradas e analisadas elas podem ocorrer com naturalidade, a não ser que um ato superior e futuro cancele”, informou.
Após entrevista, porém, novo decreto determinou o fechamento da Esplanada dos Ministérios até quarta-feira (17/6), às 23h59. No documento, o governador reforça que as constantes manifestações no local vão contra as regras sanitárias de distanciamento para combater a disseminação do novo coronavírus.
Polícia Civil
O diretor-geral da Polícia Civil do DF (PCDF), Robson Cândido, também presente no evento, repudiou atos violentos durantes as manifestações. “Quando os manifestantes saem da razoabilidade e ofendem as autoridades, seja governador, seja presidente dos tribunais, seja presidente das Câmaras Legislativas Federais, ao meu ver, eles se excederam e por isso nós atuamos de forma enérgica e continuaremos atuando, independentemente de quem quer que seja as vítimas”, informou o delegado. "A nossa parte, que nos diz respeito, nós fizemos e vamos continuar autuando as pessoas que se excederem”, completou Robson.