Correio Braziliense
postado em 16/06/2020 06:00
A possibilidade de reabertura de bares e restaurantes do Distrito Federal na próxima semana gerou entusiasmo entre representantes do setor. Após o cancelamento de uma reunião virtual para tratar do assunto, o governador Ibaneis Rocha (MDB) discutiu esse plano com os presidentes da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/DF), Beto Pinheiro, e do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Brasília (Sindhobar), Jael Antônio da Silva.
Caso o projeto saia do papel, os estabelecimentos devem voltar às atividades na próxima quinta-feira, 25 de junho. No entanto, a flexibilização dependerá de um estudo elaborado pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), em parceria com a Secretaria de Saúde, além da pasta de Transporte e Mobilidade. Ontem, a Abrasel/DF e o Sindhobar enviaram ao Palácio do Buriti um protocolo com as medidas que serão adotadas.
Um dos critérios em discussão é a testagem obrigatória de todos os funcionários do ramo. Caso o cumprimento de todos os requisitos não ocorra até quinta-feira, o retorno deve ser adiado para 1º de julho. “O governador mostrou total interesse em resolver a situação. Até sexta-feira, a análise (das secretarias e da Codeplan) deve ser concluída”, acredita Beto. “Creio que conseguiremos operacionalizar (o que falta) até quarta-feira. Tudo vai depender dos estudos e do tempo que levaremos para testar os funcionários. Estamos correndo. Teremos de fazer em nosso setor a mesma movimentação que houve no comércio”, completou o representante da Abrasel/DF.
O maior desafio, segundo os presidentes das duas entidades, será a testagem de cerca de 20 mil pessoas. “É preciso achar um mecanismo. A testagem poderia não ser obrigatória, por exemplo, senão, o pequeno empresário não conseguirá fazer. Mas pedimos ajuda à Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) para isso”, afirmou Jael. “Mostramos números ao governador, e o nosso setor se encontra em uma situação alarmante. Era preciso um norte, uma data (para retomada). Precisamos ter uma visão do que acontecerá com a gente”, acrescentou.
O maior desafio, segundo os presidentes das duas entidades, será a testagem de cerca de 20 mil pessoas. “É preciso achar um mecanismo. A testagem poderia não ser obrigatória, por exemplo, senão, o pequeno empresário não conseguirá fazer. Mas pedimos ajuda à Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) para isso”, afirmou Jael. “Mostramos números ao governador, e o nosso setor se encontra em uma situação alarmante. Era preciso um norte, uma data (para retomada). Precisamos ter uma visão do que acontecerá com a gente”, acrescentou.
Insegurança
O anúncio da reabertura de bares e restaurantes levou a opiniões divergentes entre consumidores. Redatora de um portal de gastronomia, Jéssica Andrade, 29 anos, sente-se insegura em visitar esses estabelecimentos enquanto a pandemia da covid-19 não estiver sob controle. “Visitar restaurantes é um hobby e um trabalho para mim, mas não tenho certeza se voltarei a frequentar como antes neste momento. Vejo risco desde o ato de sair de casa até sentar à mesa com outras pessoas por perto. Antes de voltar, quero ter certeza das medidas que serão tomadas pelos proprietários”, ressaltou.
O arquiteto Hélio Albuquerque, 52, está ansioso para ir a bares e restaurantes novamente: “Não temo voltar a frequentá-los, desde que eu observe que estejam com uma nova conduta. Nós temos de desenvolver novos hábitos, ter mais cuidado, observar o atendimento e a higienização do espaço”, avaliou.
*Estagiária sob supervisão de Guilherme Goulart
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