Mudanças drásticas demais
Parte da rixa que deixou o clima entre o governador Ibaneis Rocha (MDB) e deputados distritais pesados nesta semana foi causada pela quantidade de emendas apresentadas a dois projetos considerados fundamentais pelo Executivo no contexto da crise econômica causada pelo coronavírus: o Refis e o Programa Emergencial de Crédito. Além da pressão por negociações, as diversas modificações ao texto causaram indignação no Executivo. As propostas, na visão do governador, desvirtuariam as iniciativas. No caso do Procred, alguns distritais queriam, por exemplo, incluir crédito a estudantes universitários. Os projetos voltaram a tramitar na Câmara, mas, até agora, não há consenso.
Busca por empregos
Uma das principais apostas do GDF para a geração de empregos, o programa Emprega-DF recebeu, nesta semana, a adesão de mais duas empresas. Em troca de benefícios fiscais, os empresários comprometem-se a criar e garantir postos de trabalho. O fato de, mesmo durante a pandemia, o projeto continuar angariando parcerias é comemorado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que comanda a iniciativa. A expectativa é de gerar 17 mil vagas até 2022. Segundo a mais recente Pesquisa de Pesquisa de Emprego e Desemprego, da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), o DF tem 331 mil pessoas fora do mercado de trabalho.
Sugestões para melhorar medidas econômicas
Um documento com 20 sugestões de aperfeiçoamento das medidas implementadas pelo Governo Federal para combater a crise gerada pela pandemia da covid-19 foi entregue pelo grupo Câmara Viva ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. Dezoito deputados federais fazem parte da iniciativa. Pelo DF, estão Flávia Arruda (PL) e professor Israel (PV). O objetivo, explicou a deputada Flávia Arruda, é garantir que ações, de fato, cheguem a quem precisa de forma ágil e eficaz.
De mudança
Amigo e pessoa de confiança do governador Ibaneis Rocha (MDB), o advogado Marcelo Cunha foi escolhido pelo emedebista para administrar Ceilândia, uma das regiões administrativas mais importantes do DF e, consequentemente, com maior número de problemas para se resolver. A princípio, Cunha morava em Águas Claras, mas gostou da tarefa e comprou, recentemente, um apartamento em Ceilândia para selar de vez o vínculo com a cidade. Ontem, ele acompanhou as obras no Hospital Regional de Ceilândia, onde estão sendo construídos leitos para covid-19 com recursos doados pela JBS.
PL contra fake news na pandemia
O deputado distrital Reginaldo Sardinha (Avante) quer punir quem divulgar notícias falsas sobre pandemias ou epidemias no DF. O parlamentar protocolou projeto de lei para estabelecer a regra. O texto prevê que quem compartilhar fake news terá de pagar multa de R$ 2 mil. Se o ato for concretizado durante o momento da pandemia — como a enfrentada atualmente — o valor sobe para R$ 5 mil. A iniciativa, justifica o deputado no PL, é voltada para conter a propagação desse tipo de conteúdo com a intenção de causar prejuízos e desinformação.
Os políticos também amam
Em tempos em que a política se faz — e muito — nas redes sociais, as datas comemorativas são bastante usadas pelos representantes e pelas lideranças para tentar se comunicar e se promover para a população. Ontem, dia dos namorados, o Instagram ficou repleto de imagens com declarações de amor dos políticos brasilienses para seus cônjuges. Pelo menos por alguns instantes, a pandemia ficou em segundo plano.
Condenado
O ex-governador Agnelo Queiroz (PT) foi condenado pela prática de pedalada fiscal. Decisão do juiz Daniel Eduardo Branco Carnacchioni, da 2ª Vara da Fazenda Pública do DF, entendeu que Agnelo, no fim do mandato, autorizou gastos sem previsão orçamentária. A ação era do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT). O ex-governador terá de pagar multa de cerca de R$ 1,1 milhão — 50 vezes o salário que recebia no cargo. Três ex-secretários também foram condenados. Cabe recurso da decisão.
Só papos
Só papos
“Depois de o Congresso apoiar R$ 500 para o auxílio emergencial, estudos do governo federal, com responsabilidade fiscal e apoio da liderança do governo na Câmara, o Ministério da Economia alcançou os R$ 600 pagos em três parcelas”
Jair Bolsonaro, presidente da República
“Presidente, isso não é verdade. Vamos contar a história real? Fui relator do projeto. Seu governo foi contra o meu relatório desde o primeiro momento. Vocês não admitiam um valor acima de R$ 200”
Marcelo Aro (PP-MG), deputado federal