Cidades

DF registra deflação pelo terceiro mês consecutivo; IPCA variou -0,58%

A deflação expressiva no mês de maio ilustra a situação atípica vivida atualmente no Brasil e no mundo em função da pandemia da covid-19

O Distrito Federal registrou deflação pelo terceiro mês consecutivo no Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com levantamento divulgado pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) nesta quarta-feira (10/6), o DF teve variação de -0,28% no mês maio em relação a abril, quando a taxa registrada foi de -0,58%. 

Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que também calcula os índices do país. Brasília aparece com a terceira menor taxa avaliada entre as regiões pesquisadas, com -0,86% no acumulado do ano. Curitiba teve deflação de -1,46% no ano e Goiânia apresentou variação de 1,25%.  

Divulgado mensalmente, IPCA registra a variação dos preços de produtos e serviços, sendo o indicador oficial da inflação no país. A deflação expressiva no mês de maio ilustra a situação atípica vivida atualmente no Brasil e no mundo em função da pandemia da covid-19. 

No Distrito Federal, shoppings, restaurantes e o comércio em geral tiveram suas atividades suspensas desde 19 de março, com orientações ao público para permanecer em casa o máximo possível, inclusive em regimes de home office quando viável. Dessa forma, o perfil de consumo da população contribuiu para quedas na demanda por bens como combustíveis e artigos de residência e altas em produtos alimentícios.

Preços baixaram

Segundo o levantamento, a baixa nos preços das passagens aéreas e da gasolina influenciou no resultado da aferição do IPCA no Distrito Federal. No entanto, o índice só não caiu mais pela alta nos valores de produtos farmacêuticos. O pesquisador Renato Coitinho, da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, explica essa variação. 

“As companhias aéreas têm sido bastante afetadas pelas medidas de distanciamento social adotadas durante a pandemia do novo coronavírus”, observa. “Mesmo com o elevado valor do dólar e sinais de recuperação do preço internacional do petróleo, essa menor demanda tem provocado deflação nos preços das passagens aéreas, que já acumulam variação de -37,27% no ano”, expõe Renato.

O INPC, que mede a inflação das famílias de renda mais baixa, registrou deflação simétrica ao IPCA (-0,28%). O valor é próximo ao do resultado nacional, de -0,25%.
 
 
Com informações da Agência Brasília