Cidades

Eixo capital


Cartola em prisão domiciliar

Em prisão domiciliar, o empresário Luiz Estevão participou, ontem, de uma reunião por videoconferência em que foi discutida a volta do futebol profissional do DF suspenso pela pandemia de coronavírus. Cartola do Brasiliense, Estevão entrou no debate usando a conta da filha caçula, Luiza Estevão de Oliveira, que administra o time. Em sua participação, Estevão ironizou: “Não podemos deixar que o retorno do futebol se torne uma questão que parece até que estamos diante de um impasse. Para evitar que o coronavírus cause mais estragos, a solução é simples: impedir os clubes de treinar... Pessoal, vamos cair na real?" 




Livre das ações por nepotismo

O ex-governador Agnelo Queiroz (PT) teve uma vitória judicial importante ontem. A Justiça julgou improcedente a ação de improbidade administrativa em que era acusado de pratica nepotismo ao nomear uma servidora que tinha um irmão em cargo comissionado no Detran. Essa foi a nona e última ação com esse teor em que houve absolvição. Neste caso, o próprio Ministério Público, nas alegações finais, foi contrário à condenação. 



CNMP pede explicações a promotor

A Corregedoria Nacional do Ministério Público recebeu a reclamação disciplinar apresentada pelo governador Ibaneis Rocha contra o promotor de Justiça Eduardo Gazzinelli Velloso. Significa que agora ele terá de apresentar explicações no processo em que Ibaneis o acusa de agir sem isenção na fiscalização da aplicação de recursos públicos no combate ao novo coronavírus. O CNMP, no entanto, rejeitou pedido de liminar para que Gazzinelli ficasse impedido de fiscalizar ou que fosse obrigado a marcar hora para verificar pessoalmente a ação do Poder Público.



Só papos


“Essa questão de emprego e morte: governadores. O Supremo (Tribunal Federal) deu todo o poder para eles gerir esse problema. Eu apenas injeto bilhões nas mãos deles e alguns ainda desviam”

Presidente Jair Bolsonaro 



“Criticou medidas de restrições, falou em isolamento vertical, chamou de gripezinha, defendeu abertura de tudo e disse que podia colocar na conta dele se piorasse. Piorou e ele quer se isentar da culpa. Bolsonaro é um genocida e está assassinando o país”

Deputado distrital Leandro Grass (Rede)



À QUEIMA-ROUPA 


Deputada federal Flávia Arruda (PL-DF), coordenadora da bancada do DF no Congresso

Escolhida ontem coordenadora da bancada federal do Distrito Federal no Congresso, a deputada Flávia Arruda (PL-DF) tem pela frente a atribuição de unir parlamentares com pensamentos e correntes diferentes em benefício do DF, num momento de crise nacional, sanitária, política e econômica.

O DF tem sido bem atendido na divisão de recursos federais para o combate à pandemia?
O DF tem sido atendido corretamente quanto aos recursos para o combate ao coronavírus. Além disso temos recursos aprovados entre as medidas de socorro aos estados e municípios, graças a uma atuação conjunta da nossa bancada, na Câmara e no Senado. Na PLP 39/2020, em que foi determinado esse auxílio, o repasse direto de valores para o DF é de mais de R$466 milhões, além do alongamento da sua dívida. Ainda há outro montante de R$7 bilhões que será dividido entre as unidades da federação para ações específicas de saúde e assistência social.

Na bancada, há posições bem discrepantes em relação ao governo Bolsonaro. Como unir todos os deputados e senadores no mesmo esforço de ajudar o DF?
O correto é respeitar a posição de cada parlamentar e construir nossas convergências em torno dos interesses de Brasília. A bancada tem tido essa posição. Acima de eventuais divergências políticas está o interesse do DF.
Como resolver questões importantes em outras áreas, como a cultura, a educação e o desenvolvimento social, num momento em que todos os recursos precisam ser canalizados para a saúde?
Claro que neste momento a prioridade absoluta deve ser, e está sendo, a saúde e a assistência aos mais vulneráveis. Aprovamos recursos para cultura, para microempreendedores e outros setores e seguimos neste esforço conjunto. Mas se Deus quiser essa fase vai passar e poderemos estabelecer novas prioridades na reconstrução da economia pós coronavírus.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, terá que decidir o que fazer com vários pedidos de impeachment contra Bolsonaro. O que, na sua avaliação, deve ser feito?
O presidente Rodrigo Maia tem sido muito ponderado e equilibrado nesse momento difícil que vivemos. A hora é mesmo de dar prioridade ao combate à pandemia. Não é hora de esticar a corda. De buscar rompimentos institucionais. Penso que isso vale para todos os poderes.