A população do Distrito Federal contou, ontem, com a retomada das celebrações religiosas, seguindo decreto publicado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Com adaptações, os templos receberam fiéis. Na Igreja Católica, ficou a cargo de cada paróquia decidir sobre o retorno das missas.
O Santuário Dom Bosco, na Asa Sul, distanciou bancos, colocou tapetes e pontos de álcool em gel na entrada e passou a controlar a entrada, medindo a temperatura, conferindo o uso de máscara e prestando orientações. “Na minha interpretação, o melhor remédio contra o coronavírus, hoje, é o isolamento social. Mas, existem pessoas que necessitam de atendimento espiritual e a eucaristia se faz necessária”, pontua o padre Jonathan Costa. O fiel Giovani Barbalho, 53 anos, foi à Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, na Asa Sul, no começo da manhã de ontem. “Eu gosto de ir à igreja quase diariamente, em horários em que não há missas, para entrar e fazer minhas orações”, disse.
Nas igrejas evangélicas, houve pouca movimentação ao longo do dia de ontem, principalmente, pelo fato dos cultos acontecerem, prioritariamente, durante a noite. Segundo o presidente do Conselho de Pastores Evangélicos do Distrito Federal (Copev), Josimar Francisco da Silva, o retorno dos fiéis também deve ocorrer aos poucos. “A volta será lenta e gradual. Isso já foi previsto pelo conselho, em uma pesquisa on-line que fizemos. As pessoas estão voltando tranquilas. Além disso, quem está no grupo de risco não vai entrar na igreja. Temos essas restrições. Então, isso também afeta o retorno total”, disse. De acordo com Josimar, as igrejas estão preparadas para a retomada das atividades presenciais.
Restrições
Alguns templos e casas religiosas seguem com atividades suspensas, mesmo com a permissão do GDF. Segundo a Federação de Umbanda e Candomblé de Brasília e Entorno, os donos de terreiros das religiões de matriz africana foram orientados a não abrirem as casas. Centros espíritas seguem fechados até 30 de junho, de acordo com a Comunhão Espírita de Brasília. A Associação Cultural Israelita de Brasília também vai aguardar. “Enquanto isso, continuamos com atividades on-line”, afirmou a presidente da associação, Tamara Socolik. Já no Centro Islâmico de Brasília, na 912 Sul, os cultos da mesquita serão semanais, às sextas-feiras, com tempo reduzido e medição de temperatura dos frequentadores, na entrada, além da disponibilização de álcool em gel.