O setor funerário do Distrito Federal teme a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os funcionários. De acordo com o presidente do Sindicato das Empresas Funerárias do DF (Sindesf-DF), Felismino Alves, o preço dos materiais tem preocupado a categoria. “Subiu muito e diminuiu a oferta, porque agora, mais que nunca, a procura é grande. Estamos fazendo de tudo para manter”, disse.
Apesar da preocupação em relação aos equipamentos de proteção, o setor está com estoque de caixões abastecido. “Não temos problemas com isso. O DF está muito próximo dos fornecedores, que ficam em Minas Gerais e São Paulo. Embora o número de óbitos por coronavírus tenha aumentado, as urnas não preocupam o setor ”, afirma Felismino.
O representante da categoria ressalta que o segmento está obedecendo todas as orientações exigidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “O DF está entre as cidades com menor número de óbitos e esperamos que isso diminua ainda mais e que esse pico venha logo. Não queremos que mais famílias tenham o desabor de perder um ente querido”, completa o presidente do Sindesf-DF.
O temor da falt de EPIs para os funcionários do setor vem junto com o aumento do número de casos no DF. O número de mortespor dia aumentou depois depois da reabertura do comércio e deve seguir em alta com reabertura de parques e locais de culto. Até agora, são 164 mortos pela covid-19 no DF e mais de 11 mil contaminados. As UTIs da rde privada estão com 80% de ocupação e as da rede pública chegam a quase 50%.
Contêiner
Na semana passada, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) instalou estruturas especiais refrigeradas para auxiliar no fluxo dos óbitos por covid-19 em hospitais públicos da capital. Essa medida visa respeitar a dignidade das vítimas e isolá-las de forma segura até as famílias adotarem todas as providências necessárias.