Os três suspeitos de agredir enfermeiras durante protesto no início do mês de maio foram indiciados. De acordo com a Polícia Civil, foi instaurado um Termo Circunstanciado pela 5ª Delegacia de Polícia (Setor de Grandes Áreas Norte). Os documentos foram encaminhado para a Justiça.
As agressões ocorreram durante uma manifestação na Praça dos Três Poderes em homenagem aos enfermeiros que foram vítimas da covid-19. Durante o ato, os profissionais da saúde foram confrontados por apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Exaltados, um homem e uma mulher foram para cima dos enfermeiros que permaneceram calados. Os dois vão responder criminalmente por ameaça e injúria. O homem, que era servidor terceirizado do Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, também responderá por infringir determinação do poder público destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. Uma outra envolvida também responderá por injúria.
Se condenados, as penas podem variar de um a seis meses de detenção. No caso do indiciamento referente ao ato de infringir a determinação de combate ao novo coronavírus, a pena pode chegar a um ano.
De acordo com Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF), ao menos, 11 enfermeiros entraram com queixas contra os agressores na Polícia Civil de forma individual. O conselho também registrou denúncia no Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e no Ministério Público do Trabalho (MPT).