Segundo o delegado Hermes Dantas, adjunto 24ª DP, o caso foi descoberto no início do ano, quando o homem chegou na unidade para denunciar que tinha sido espancado. “Quando começamos a apurar o motivo das agressões, soubemos que tinha sido porque ele abusou sexualmente da enteada. Então, passamos a investigar o estupro”, explica.
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Ao notar a situação, o irmão questionou a garota. “Foi quando ela decidiu contar que era abusada pelo padrasto desde os 7 anos. Na delegacia, ela nos relatou que os crimes ocorriam quando a mãe ia trabalhar e a vítima ficava sozinha com o agressor. Em alguns dias, ela chegava a ser estuprada mais de uma vez”, afirma Hermes Dantas.
O delegado coletou o depoimento da vítima, da mãe e do irmão. A apuração não indicou que a mulher do suspeito era conivente com os estupros da filha. “Também conseguimos recuperar mensagens que o acusado enviava para a garota, de cunho sexual”, detalha.
Com as provas dos abusos, a 24ª DP representou pela prisão preventiva do padrasto. A Justiça concedeu o mandado, mas o acusado fugiu. “Certamente ele percebeu que seria punido pelos crimes. O acusado deixou uma carta para a mãe da vítima, afirmando que tinha ido embora, mas voltaria depois”, relata.
Os policiais passaram um mês procurando pelo suspeito, que ficou morando de favor na casa de familiares e amigos. Por ser desempregado, o padrasto vivia de bicos em postos de gasolina, calibrando pneus. Ao descobrirem sobre o trabalho informal, os agentes conseguiram prendê-lo no Setor O. Ele responderá por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos.